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Coreia do Norte propõe diálogo com a Cruz Vermelha sul-coreana
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DA EFE
Pyongyang propôs nesta segunda-feira um diálogo entre delegações da Cruz Vermelha das duas Coreias para tratar do retorno de 31 norte-coreanos que desembarcaram em uma ilha sul-coreana em fevereiro, informou a agência local Yonhap.
Segundo o Ministério da Unificação sul-coreano, a Cruz Vermelha norte-coreana propôs que a reunião de trabalho fosse realizada na quarta-feira na zona fronteiriça comum de Panmunjom.
A proposta norte-coreana acontece depois que na última sexta-feira o regime comunista de Pyongyang se negou a aceitar o retorno de apenas 27 dos 31 norte-coreanos, já que, segundo Seul, quatro expressaram seu desejo de permanecer na Coreia do Sul.
Em 5 de fevereiro, a embarcação com os norte-coreanos chegou à ilha fronteiriça sul-coreana de Yeonpyeong, aparentemente desorientados pelo nevoeiro, e desde então foram submetidos a um mês de interrogatórios na Coreia do Sul.
Na última fase desse processo de entrevistas, dois homens e duas mulheres mostraram seu desejo de desertar, e por isso as autoridades sul-coreanas decidiram que os quatro não se uniriam ao grupo de repatriados.
Seul negou que tenha existido coerção para que os norte-coreanos pedissem asilo, enquanto Pyongyang exigiu na quinta-feira o retorno dos 31 e acusou Seul de utilizá-los como "reféns" a favor de seus interesses.
A Coreia do Norte também pode utilizar o assunto dos repatriados como um meio para voltar às mesas de negociações com representantes dos dois países, depois que terminaram sem acordo as reuniões de coronéis realizadas em fevereiro, as primeiras em cinco meses.
Desde o início de 2011 as duas Coreias se mostraram dispostas ao diálogo para reduzir a tensão entre os dois países, elevada ao nível máximo desde o bombardeio norte-coreano de novembro contra a ilha sul-coreana de Yeonpyeong.
Seul exige que o regime de Pyongyang se responsabilize pelo ataque, que deixou quatro baixas sul-coreanas, e reconheça sua participação no afundamento, em março de 2010, da corveta sul-coreana "Cheonan", no qual morreram 46 marinheiros.
O regime de Kim Jong-il nega ter responsabilidade no incidente do "Cheonan" e assegura que o ataque contra Yeonpyeong foi provocado pelas manobras militares sul-coreanas na região.
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