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Premiê egípcio se reúne com representante do governo líbio, diz TV
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DA EFE, NO CAIRO
DE SÃO PAULO
O premiê do Egito, Essam Sharaf, compareceu à sede do Conselho Supremo das Forças Armadas do país para participar de uma reunião com um representante do governo líbio, informou nesta quarta-feira a rede de televisão Al Jazeera. O relato não foi confirmado por nenhum dos dois governos.
O general Abdulrahman bin Ali Al Saiid Al Zawi, membro do círculo íntimo do ditador Muammar Gaddafi, chegou ao Cairo mais cedo, em um jato particular. Segundo fontes da embaixada líbia, Zawi leva uma mensagem de Gaddafi ao governo do país vizinho.
Um porta-voz da junta militar que governa o Egito não confirmou à agência Efe se a aeronave havia aterrissado no Cairo e se, como sustenta a Al Jazeera, participará da reunião mencionada o marechal Hussein Tantawi, chefe do Conselho Supremo das Forças Armadas.
Mais cedo, a rede de TV Al Jazeera revelou que três jatos privados da família Gaddafi passaram pelo espaço aéreo europeu com destino a Viena, Atenas e Cairo. Sem saber quem estava dentro dos jatos, a notícia levou a especulações de que o próprio ditador teria deixado o país.
O general Zawi é responsável por questões de logística e abastecimento das Forças Armadas líbias. Trípoli não confirmou a visita ou a missão do general no Cairo, mas fontes da embaixada dizem que ele leva uma mensagem do ditador Gaddafi.
Não houve contato público entre o regime líbio e os generais que assumiram o poder no Egito após a queda do ditador Hosni Mubarak.
Na noite de terça-feira, Gaddafi deu uma entrevista ao canal de notícias estatal da Turquia TRT e disse que o povo líbio lutará contra as potências do Ocidente se elas tentarem impor uma zona de exclusão do espaço aéreo do país.
O Reino Unido e os Estados Unidos discutiram uma zona de exclusão do espaço aéreo com apoio internacional, caso Gaddafi se recuse a renunciar após a revolta popular que irrompeu em meados de fevereiro.
"Se eles tomarem tal decisão será útil para a Líbia, porque o povo líbio verá a verdade, que o que eles querem é controlar a Líbia e roubar nosso petróleo", disse Gaddafi.
"O povo líbio vai se preparar para lutar contra eles", disse Gaddafi. A entrevista foi realizada em árabe, com legendas em turco.
O presidente norte-americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro britânico, David Dameron, concordaram durante uma conversa telefônica em 'seguir adiante com o planejamento, incluindo a Otan, para todo o espectro de respostas possíveis, incluindo a vigilância, assistência humanitária, a imposição de um embargo de armas, e uma zona de exclusão aérea'.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, deixou claro que Washington acredita que qualquer decisão para impor uma zona de exclusão aérea sobre o país seria um assunto da ONU (Organização das Nações Unidas) e não uma iniciativa liderada pelos EUA.
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