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09/03/2011 - 17h34

Governo convocará eleições antecipadas na Argélia, diz jornal

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DA EFE, EM ARGEL

O presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, deve convocar eleições legislativas antecipadas para formar uma Assembleia Constituinte, que serão seguidas de pleitos presidenciais, afirmou nesta quarta-feira o jornal argelino "Jeune Independant".

O anúncio de eleições legislativas deve ocorrer no final de março ou no início de abril, e a data de convocação seria junho ou setembro, de acordo com o jornal, tido como próximo ao governo.

A publicação garante que Bouteflika anunciará eleições presidenciais em julho de 2012, por ocasião da celebração do 50º aniversário de independência do país.

Além disso, informa que "laboratórios de pensamento" foram ativados pelo poder há um ano para estudar essas mudanças e que o presidente da Argélia aprovou esta agenda política.

No entanto, a fonte afirma que existem duas tendências entre os promotores do projeto, uma delas partidária de que Bouteflika conclua seu atual mandato até abril de 2014 e outra que defende que o chefe de Estado deixe o poder em 2012.

Segundo essa agenda, o presidente convidaria as forças políticas e representantes da sociedade civil argelinas para uma "elaboração pactuada" da nova Constituição que implicaria todas as sensibilidades sociais.

No projeto figura também a dissolução do Congresso e do Senado, assim como de todas as instâncias escolhidas, além do início de um governo de transição para preparar os prazos eleitorais.

Esse período transitório duraria cerca de 15 meses (entre março ou abril de 2011 até julho de 2012) e desembocaria no nascimento de uma nova República Argelina Democrática e Social em substituição da atual República Argelina Democrática e Popular, segundo o "Jeune Independant".

"O presidente Bouteflika deve preparar a Argélia para uma verdadeira mudança política e constitucional com a participação do conjunto da classe política e de personalidades nacionais", afirma o jornal, que cita fontes próximas ao projeto.

Esta informação coincide com a defesa realizada nesta quarta-feira pelo secretário-geral da Frente de Libertação Nacional (FLN), Abdelaziz Beljadem, de "uma revisão profunda" da atual Constituição argelina, adotada em 1996.

Em uma entrevista à agência oficial argelina APS, o dirigente da FLN, o partido que governa a Argélia desde sua independência, qualificou de "momentânea" a posição do governo argelino de não conceder autorização à formação de novos partidos políticos.

O país parece levemente afetado pela onda de revoltas que atinge o mundo árabe. Manifestações semanais, realizadas por partidários da oposição, têm ocorrido em Argel. Eles pedem maior liberdade política e melhores condições de vida, mas falharam em chegar a um acordo com a maioria da população.

O governo argelino tomou algumas decisões para amenizar a tensão, incluindo o fim do estado de emergência --que já durava 19 anos-- e outras medidas com o objetivo de reduzir o desemprego e diminuir um grande deficit habitacional.

 

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