Publicidade
Publicidade
ONG mantém Cuba em lista de países que bloqueiam a internet
Publicidade
DA EFE, EM PARIS
A ONG internacional Repórteres Sem Fronteiras anunciou que decidiu manter Cuba na lista de países que impedem a livre circulação na rede, enquanto a Venezuela entrou para a relação de países sob vigilância e o Egito e a Tunísia foram retirados do grupo de "Inimigos da Internet".
Cuba mantém duas redes paralelas de internet: uma livre, acessível nos hotéis internacionais, e outra muito controlada, que se resume a uma enciclopédia, e-mails internos e sites de informação governamental.
Fora dos hotéis, apenas alguns locais privilegiados têm acesso à rede internacional, objeto também da censura do regime, segundo a RSF.
A RSF revelou que o regime cubano responsabiliza o embargo americano pela má qualidade das conexões, uma desculpa que não poderá ser utilizada por muito tempo porque a ilha estará unida ao continente por um cabo submarino que chegará até a Venezuela.
Mas a organização não espera que essa melhora tecnológica venha seguida de uma democratização no uso da internet.
A estratégia repressiva do país se completa com uma perseguição aos blogueiros críticos ao regime.
"Os internautas cubanos são condenados a até 20 anos de prisão se publicam um artigo julgado 'contra-revolucionário' na internet", ressalta o documento.
DEMAIS PAÍSES
Segundo o relatório anual publicado nesta sexta-feira, junto a Cuba estão Arábia Saudita, Mianmar, China, Coreia do Norte, Irã, Síria, Turcomenistão, Uzbequistão e Vietnã.
Este ano saíram da lista Egito e Tunísia, depois das revoltas que puseram fim aos seus regimes, mas ambos se encontram sob vigilância, da mesma forma que Venezuela, Líbia e França.
A organização revelou que 119 pessoas estão presas no mundo todo por terem quebrado as regras de seus regimes quanto ao uso da internet, a maior parte delas na China.
Cada vez mais, a rede é considerada como um instrumento de subversão, mas também de propaganda oficial, e sua influência na política dos países é crescente, como mostram os casos do WikiLeaks e das revoluções nos países árabes.
CHÁVEZ ATENUA CONTROLE
O governo de Hugo Chávez introduziu pela primeira vez instrumentos de controle na internet no contexto de "tensão crescente entre o poder e os meios de comunicação críticos", afirma o relatório.
O documento informa que esses instrumentos foram introduzidos através de uma "lei repressiva para a internet".
Onipresente nos meios de comunicação tradicionais, o presidente venezuelano "não podia resistir à tentação de monopolizar a internet e regular o espaço cujo controle lhe escapa", revela.
Para a RSF, Chávez entendeu a importância da internet em um país onde quase um terço da população tem acesso à rede.
+ Canais
- Acompanhe o blog Pelo Mundo
- Acompanhe a Folha Mundo no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
- Conheça a página da Folha no Facebook
+ Notícias sobre Cuba
- Cuba anuncia libertação de outros 9 presos fora do Grupo dos 75
- Cuba liberta médico opositor que rejeita exílio
- EUA permitem que outros 8 aeroportos realizem voos para Cuba
+ Notícias em Mundo
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice