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Hillary vai ao Egito para dar apoio à transição política
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DA REUTERS, NO CAIRO
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, manifestou nesta terça-feira apoio à transição para a democracia do Egito, mas fez poucas promessas específicas e se desviou de um debate sobre o calendário eleitoral.
Em sua primeira visita ao Cairo desde que o ditador Hosni Mubarak, tradicional aliado dos EUA, foi deposto por uma rebelião popular, Hillary reiterou a intenção de Washington de manter suas boas relações com o Egito, peça crucial na política norte-americana para o Oriente Médio.
"Esse momento da história pertence a vocês, é um feito de vocês", disse ela numa entrevista coletiva ao lado de Nabil Elaraby, o novo chanceler egípcio. "Vocês quebraram barreiras e superaram obstáculos para perseguir o sonho da democracia, e os EUA, o presidente Obama e eu estaremos com vocês nesta jornada."
Uma coalizão de ativistas pró-democracia disse ter recusado um convite para se reunir com Hillary, em protesto pela demora de Washington a manifestar apoio à rebelião contra Mubarak, que renunciou em 11 de fevereiro após três semanas de protestos.
A Coalizão 25 de Janeiro, composta por seis grupos juvenis, disse em nota que Hillary não seria bem vinda "porque o governo dos EUA por muito apoiou financeira, política e moralmente o governo ditatorial e corrupto de Mubarak".
O grupo também defendeu uma relação mais equilibrada entre Egito e EUA, enquanto Hillary ressaltou que os dois países "têm muitos interesses estratégicos em comum, e um Egito democrático continuará a ter interesses estratégicos com os Estados Unidos."
Desde a deposição de Mubarak, o governo está sob controle dos militares, que têm estreita ligação com os norte-americanos. Na quarta-feira, Hillary deve se reunir com o chefe da junta, marechal Mohamed Hussein Tantawi.
Os militares prometem entregar o poder aos civis dentro de seis meses, e Hillary disse que irá insistir na necessidade de eleições "livres, limpas... e significativas."
Parte da oposição faz restrições ao calendário eleitoral proposto pelos militares, achando que as eleições em um prazo tão curto irão beneficiar a Irmandade Muçulmana, grupo oposicionista mais bem organizado do país, e o Partido Nacional Democrático, mais estruturado por ter dado sustentação a Mubarak.
Questionada sobre isso, Hillary disse: "Sabemos que há um debate dentro do próprio Egito quanto ao momento e o ritmo em que a eleição deve ser realizada. Nós não temos uma opinião. Temos uma clara mensagem de apoio para o que os egípcios decidam".
Reservadamente, no entanto, autoridades dos EUA expressam preocupação com a realização de eleições parlamentares em junho, sem tempo para a organização de novos grupos políticos após 30 anos de restrições sob Mubarak.
Os EUA também veem com preocupação a possível ascensão da Irmandade Muçulmana, que disse não ter sido convidada para nenhum encontro com Hillary.
"E se formos vamos rejeitar", disse o porta-voz Essam al Erian. "Qualquer intervenção norte-americana será para deter a revolução e obstruí-la, e não para apoiá-la."
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