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Premiê palestino condena atentado que matou uma em Jerusalém
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, condenou nesta quarta-feira o atentado a bomba em um terminal de ônibus de Jerusalém, que provocou a morte de uma mulher e feriu ao menos outras 24 pessoas.
Esta foi a primeira explosão do tipo desde 2004 na cidade, disputada como capital por israelenses e palestinos. No começo da década, auge da revolta palestina, militantes realizavam constantes ataques a bomba em Jerusalém e outras grandes cidades israelenses.
Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque, mas a polícia acusa militantes palestinos. O ataque ocorreu em meio a uma retomada da violência, depois de dois anos de calma desde a operação Chumbo Fundido, quando israelenses invadiram a faixa de Gaza. A guerra, que foi de dezembro de 2008 a janeiro de 2009, deixou cerca de 1.400 palestinos mortos.
No começo do mês, cinco membros de uma família foram mortos a facadas em sua casa, em um assentamento judaico na Cisjordânia. Nesta semana, Israel viu um número recorde de mais de 50 foguetes atingirem o sul do país, lançados de Gaza.
O ministro de Defesa, Ehud Barak, sugeriu que o grupo palestino Hamas seria responsável. "Nós não vamos tolerar os danos aos cidadãos israelenses, nem no sul, nem em Jerusalém", disse. "Hamas é responsável por lançar foguetes contra Beersheba e esta responsabilidade tem um preço", disse, em referência ao lançamento de foguetes contra o sul do país, também nesta quarta-feira.
O primeiro-ministro palestino reprovou "qualquer ataque violento contra civis de ambos os lados" e disse que "a onda de violência deve parar".
"Condeno nos termos mais duros o ataque terrorista, independentemente de quem estiver por trás dele", disse Fayyad em comunicado no qual assegurou estar acompanhando de perto o episódio e expressou seu desejo de que as vítimas se recuperem o mais rápido possível.
ATAQUE
A bomba explodiu aproximadamente às 15h (10h em Brasília), em um ponto de ônibus na entrada do Centro de Convenção Internacional e do lado oposto da estação central de ônibus --uma área lotada de pedestres e passageiros.
O som da explosão foi ouvido por várias quadras em Jerusalém e quebrou as janelas de dois ônibus lotados. As equipes de resgate removeram feridos cheios de sangue em macas.
Inicialmente, a explosão deixou apenas feridos, quatro deles com gravidade. Mas o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, afirmou que uma mulher de 60 anos não resistiu aos ferimentos e morreu.
A polícia fechou o local pouco após a explosão e lançou uma busca por mais explosivos. Inúmeras equipes de emergência também trabalham no local, observados por dezenas de pedestres.
O chefe de polícia de Jerusalém, Aharon Franco, disse que a bomba tinha cerca de um ou dois quilos e foi plantada em uma maleta na calçada. Ele disse ainda que a polícia está em alerta para outros ataques.
Um paramédico disse que estava com colegas em um local próximo para discutir envio de uma equipe ao Japão, quando ouviu a explosão.
"Nós não esperamos nem um segundo, nós apenas levantamos e corremos à estação de ônibus. Eu vi duas mulheres no chão, inconscientes e cobertas de sangue", disse Motti Bukchi.
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