ETA diz estar disposta a ter seu cessar-fogo verificado

A organização terrorista ETA noticiou ontem (26) que aceita uma verificação informal do seu cessar-fogo geral e permanente, que havia anunciado no dia 10 de janeiro.

Em comunicado publicado pelo jornal "Gara", o grupo armado diz que, apesar de estar consciente de que não conta com o "reconhecimento oficial" dos Governos, está disposta a "aceitar" esta verificação.

O anúncio foi feito quatro dias após a Suprema Corte decidir impedir o novo partido nacionalista de esquerda, Sortu, de participar das eleições de 22 de maio.

A ETA considera em sua nota que "é factível e que pode se constituir uma comissão internacional para desenvolver este trabalho".

A organização terrorista opina que os Governos espanhol e francês "não querem que a comunidade internacional verifique o cessar-fogo geral e permanente, porque, apesar da hipocrisia e da intoxicação, ficaria credenciado, também no plano internacional, que a única violência existente em Euskal Herria (a pátria basca) é a que geram os próprios Estados".

O grupo armado afirma que com sua atitude, Espanha e França pretendem "fechar as portas ao âmbito internacional ao que eles chamam de conflito basco, para assim violar a vontade dos bascos sem que intermedeiem testemunhas".

Em sua nota, a ETA diz que, apesar disso, se reafirma na decisão que se fez pública em sua declaração do dia 10 de janeiro, ao mesmo tempo em que avança sua disposição a "aceitar um mecanismo de verificação informal" do cessar-fogo.