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Autoridades sírias decidem libertar 17 ativistas detidos em protesto
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DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
As autoridades sírias decidiram neste domingo libertar 17 ativistas detidos recentemente durante um protesto diante do Ministério do Interior em Damasco, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Segundo um comunicado da ONG, as autoridades rejeitaram a libertação de outros nove ativistas, enquanto se desconhece o destino de três pessoas que também foram detidas no mesmo protesto.
O Observatório condenou, além disso, que as forças de segurança sírias dissolvessem no último dia 16 um protesto de dezenas de ativistas e de famílias de presos políticos diante da sede do Ministério do Interior.
A organização pediu também a libertação imediata de todos os presos políticos e a suspensão da "política de detenções" contra opositores e ativistas de direitos humanos.
No sábado, cerca de 70 presos políticos, a maioria deles curdos, foram libertados na Síria, informou o ativista e expresso político Akram al Buni.
Dois dias antes, a conselheira da Presidência síria, Buzeina Shaaban, anunciou que o Governo sírio suspenderia as "detenções arbitrárias", em entrevista coletiva na qual assegurou também que as autoridades estudam as reivindicações "legítimas" do povo.
A libertação dos ativistas se produz no meio de uma série de protestos políticos na Síria desde o início do mês e que até hoje já somaram 70 mortes.
PROTESTOS
Na sexta-feira (25), a violência se espalhou pelas ruas da Síria, com soldados abrindo fogo contra manifestantes antigoverno em várias cidades do país. As manifestações e a violenta repressão representam uma escalada na revolta popular, inspirada pelos movimentos em outros países árabes --como Egito, Líbia e Tunísia.
Segundo a rede de TV Al Jazeera, ao menos 20 pessoas teriam morrido após disparos da polícia para dispersar a manifestação em Sanamein, perto de Deraa. A Al Jazeera também informou que outro manifestante morreu em Deraa.
De acordo com o grupo de direitos humanos Anistia Internacional, pelo menos 55 pessoas morreram desde o início dos protestos na cidade e redondezas, há uma semana.
De acordo com o relato de um morador, soldados atiraram contra manifestantes na cidade de Deraa, no sudeste do país, após a multidão tentar atear fogo à estátua do ex-presidente Hafez Assad, pai do atual presidente, Bashar al Assad. Milhares correram para a praça central Assad depois que os tiros começaram muitos deves gritando "Liberdade" e segurando bandeiras, de acordo com informações de um morador que falou por telefone com a Associated Press.
VIOLÊNCIA
Pelo menos 12 pessoas morreram nos últimos dois dias na cidade síria de Latakia, segundo fontes responsáveis não identificadas, citadas pela agência oficial de notícias síria Sana.
No sábado, várias testemunhas informaram que, pelo menos, quatro pessoas tinham morrido nesta cidade mediterrânea e que mais de 100 tinham ficado feridas durante uma manifestação em favor de reformas políticas.
Durante a manifestação da oposição foi incendiada a sede local do governante partido Baath. Também foi queimada outra sede desse partido, assim como uma delegacia, na cidade sulina de Tafas.
Segundo garantiram à Agência Efe fontes oficiais que preferiram se manter no anonimato, o Exército foi desdobrado na cidade e mantém o controle da situação.
"Sana" acrescentou que cerca de 100 pessoas, em sua maioria agentes de segurança, ficaram feridas e que "os homens armados" atacaram edifícios e propriedades públicas e particulares, assim como shoppings, um hospital e várias ambulâncias, cujos ocupantes foram agredidos.
Além disso, a agência acrescenta que a população de Latakia colaborou com as forças de segurança informando sobre o lugar onde se encontravam os supostos "homens armados".
Por outra parte, testemunhas informaram à Efe que a situação na cidade meridional de Daraa, cenário de várias manifestações, tudo está calmo.
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