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Forças de opositor lançam novo ataque contra líder marfinense
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Armados e confiantes, centenas de soldados fiéis ao presidente eleito Alassane Ouattara iniciaram nesta segunda-feira uma nova ofensiva para remover o presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, de seu reduto em Abidjã.
Ouattara foi o vencedor das eleições de novembro do ano passado, reconhecido pela comunidade internacional. Gbagbo, que já estava no poder, se recusou a renunciar e apelou ao Conselho Eleitoral por uma recontagem de votos, que favoreceu sua campanha. Desde então, forças dos dois lados se enfrentam em confrontos que deixaram centenas de mortos e ameaçam levar o país de volta à guerra civil de 2002 e 2003.
Na madrugada desta segunda-feira, um comboio formado por dezenas de veículos com tropas pró-Ouattara armadas com metralhadoras invadiram a principal cidade marfinense pelo norte, no que chamaram de "ataque final", de acordo com uma testemunha.
Tiros e algumas explosões foram ouvidos minutos após eles terem atravessado os limites da cidade.
O comandante das forças pró-Ouattara, Issiaka Wattao Ouattara, disse ter 4.000 homens ao seu lado, e mais 5.000 já posicionados dentro da cidade. Perguntado quanto tempo ele precisaria para tomar Abidjã, Wattao disse que "pode levar até 48 horas para limpar a cidade."
Após tomar o controle de maior parte do país, as forças pró-Ouattara encontraram resistência em Abidjã, onde as tropas de Gbagbo estão concentradas ao redor do palácio presidencial, da residência de Gbagbo e da TV estatal.
VOLTA
O chefe do Exército de Gbagbo, general Phillippe Mangou, decidiu retornar ao comando militar depois de ter buscado refúgio na Embaixada da África do Sul no país.
Mangou, sua mulher e cinco filhos deixaram a casa do embaixador sul-africano em Abidjã, disse Clayson Monyela, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da África do Sul.
A saída de Mangou foi vista como um grande golpe a Gbagbo. Um de seus assessores, tenente Jean-Marc Tago, disse que ele nunca desertou, apesar de ter buscado refúgio.
Um diplomata da ONU (Organização das Nações Unidas) na Costa do Marfim estima que até 50 mil membros das forças de segurança governistas tenham desertado desde quarta-feira, quando as forças pró-Ouattara chegaram a Abidjã.
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