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04/04/2011 - 12h13

França envia 150 soldados extras para a Costa do Marfim

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DA FRANCE PRESSE, EM PARIS
DA EFE, EM BRUXELAS

A França enviou nesta segunda-feira 150 soldados extras para proteger os expatriados em Abidjã, o que eleva o contingente da força Licorne a 1.650 homens, anunciou o Estado-Maior das forças armadas em Paris.

As tropas da Licorne (força francesa para a manutenção da paz na Costa do Marfim), que reúne cidadãos franceses e de outros países presentes em Abidjan para garantir sua proteção, já haviam sido reforçadas em 300 efetivos no domingo.

Autoridades francesas também começaram a agrupar seus cidadãos que estão na Costa do Marfim em três pontos de Abidjã, informou o Ministério das Relações Exteriores em Paris. O agrupamento é voluntário, detalhou um porta-voz do ministério, acrescentanto que os cidadãos podem comparecer ao hotel Le Wafou, à Embaixada da França e ao acampamento militar de Port Bouët.

Autoridades estimam que haja na Costa do Marfim cerca de 12 mil cidadãos franceses, 800 dos quais já se dirigiram ao acampamento militar de Port Bouët.

Outros Estados-membros como a Espanha, que tem cerca de 150 cidadãos na Costa do Marfim, também decidiram reunir seus cidadãos.

Também hoje, a União Europeia (UE) anunciou que ainda não considera necessário retirar seus cidadãos do país, mas advertiu que a situação nas ruas de Abidjã é "perigosa" e teme que os estrangeiros se tornem alvos para as milícias combatentes.

Segundo um alto funcionário europeu que pediu para não ser identificado, a situação é "preocupante" e as ruas da capital "não são um lugar seguro", devido aos combates entre forças do presidente eleito, Alassane Ouattara, e do atual governante, Laurent Gbagbo, que resiste a ceder o poder.

MORTES DE CIVIS

A comissária de ajuda humanitária europeia, Kristalina Georgieva, pediu que as duas partes envolvidas no conflito marfinense que "protejam os civis" e evitem a guerra civil. Além disso, manifestou sua preocupação com as notícias dos últimos dias sobre massacres no oeste do país.

A UE não dispõe de informações diretas sobre esses fatos, pois não conta com uma equipe nessa região do país, disseram fontes do bloco.

Segundo várias organizações, entre 330 e mil pessoas morreram durante a tomada da cidade de Duekoue, no oeste marfinense, por parte das Forças Republicanas da Costa do Marfim (FRCI), leais a Ouattara.

Fontes europeias ressaltaram que, por enquanto, é difícil identificar os responsáveis pelas possíveis violações dos direitos humanos, e lembraram que não está claro o nível de controle que os políticos têm sobre as milícias e os grupos armados.

Além disso, disseram que os responsáveis por qualquer abuso serão responsabilizados e deverão responder perante a Justiça.

Representantes dos membros da UE se comprometeram nesta segunda-feira a garantir que as sanções estabelecidas contra Gbagbo não impeçam a entrada de assistência na Costa do Marfim, e reiteraram sua intenção de ajudar na reconstrução do país assim que for estabelecido um governo legítimo.

 

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