Manifestação em Bagdá exige que tropas americanas deixem o Iraque

Dezenas de milhares de iraquianos simpatizantes do clérigo radical xiita Moqtada al-Sadr saíram às ruas de Bagdá neste sábado para exigir a saída das tropas americanas e a libertação dos presos políticos.

As manifestações dos seguidores de al-Sadr, que vive no Irã, coincidem com o oitavo aniversário da entrada das forças dos Estados Unidos em Bagdá, o que levou ao fim do regime do então presidente iraquiano, Saddam Hussein.

O porta-voz da corrente política de al-Sadr, xeque Salah al Obeidi, leu um discurso escrito por al-Sadr na praça Al Muntansiriya, no leste de Bagdá, no qual pediu a saída das tropas e o fechamento das bases americanas em todo o Iraque.

Al-Sadr também exigiu o fim da "corrupção administrativa, política e financeira que destruiu o país, e a saída da cultura ocidental corrupta, que está longe da cultura iraquiana, e de todas as ideologias extremistas que promovem o assassinato dos iraquianos".

No discurso, al-Sadr lembrou que os soldados americanos deixarão o Iraque no final deste ano, conforme um "injusto" acordo de segurança assinado entre os EUA e o governo iraquiano.

"O que acontecerá se essas tropas não forem na data prevista e permanecerem sob outra denominação, como companhias de segurança? Acaso ficaremos calados?", questionou o clérigo no texto lido em seu nome.

Nesse sentido, al-Sadr advertiu que seu grupo empreenderá uma crescente resistência pacífica e popular mediante manifestações e protestos.