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Hamas prende dois suspeitos de matar ativista italiano
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCAIS
O Ministério do Interior do Governo do Hamas na Faixa de Gaza informou neste sábado que foram detidos dois novos suspeitos pelo assassinato do ativista italiano Vittorio Arrigoni, encontrado morto na madrugada desta sexta-feira após ser sequestrado no dia anterior por um grupo salafista pró-Jihad.
"As forças de segurança detiveram dois suspeitos que estão sendo interrogados e continuam perseguindo todos os militantes do grupo que realizou o sequestro e assassinato do ativista italiano", indica um comunicado divulgado pelo Ministério do Interior do Hamas
Arrigoni foi sequestrado pelo grupo islâmico radical Al Tawhid Wal Jihad ("Monoteísmo e Guerra Santa", em tradução livre) na manhã de quinta-feira. Os militantes islâmicos extremistas fazem oposição ao Hamas, que consideram demasiadamente moderado.
Um vídeo, divulgado pelo site YouTube mostrava o ativista italiano vendado e com manchas de sangue no rosto, momentos depois do sequestro.
Na gravação, os rebeldes ameaçavam matar Arrigoni caso não fossem libertados alguns de seus lideres, presos pelo Hamas.
Sobre as imagens de Arrigoni, o vídeo mostrava um texto escrito no qual o ativista era acusado de "difundir vícios ocidentais" entre os palestinos e no qual a Itália era acusada de combater contra países muçulmanos.
O grupo havia dado 30 horas de prazo para que as autoridades palestinas cumprissem o pedido. O prazo teria vencido na tarde desta sexta-feira, mas Arrigoni foi assassinado antes disso.
O corpo do ativista foi encontrado por policiais de Hamas na madrugada de sexta, numa casa de Gaza. Por ora, dois milicianos foram presos, segundo as autoridades de Gaza
HISTÓRICO
Arrigoni, de 36 anos, vivia há três anos na faixa de Gaza, onde trabalhava como voluntário da ONG Solidariedade Internacional.
Ele costumava participar de protestos em defesa das atividades de pescadores e agricultores de Gaza e contra o bloqueio imposto por Israel a Gaza.
Ele era um dos ativistas que estavam a bordo da flotilha da missão internacional Free Gaza que em 2008 tentou furar o bloqueio imposto por Israel contra a faixa de Gaza, para levar ajuda humanitária à região.
A mãe do jovem ativista, Egidia Beretta, prefeita de uma pequena cidade no norte da Itália há sete anos, afirmou que costumava falar com o filho todos os domingos e que ele nunca se colocava em situações perigosas.
Ela disse que não teve coragem de assistir ao vídeo divulgado pelos sequestradores e que o filho estava prestes a voltar para a Itália.
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