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Novos protestos deixam ao menos quatro mortos na Síria
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DA FRANCE PRESSE
Ao menos quatro pessoas morreram e 50 ficaram feridas neste domingo no centro da Síria, em um nova jornada de manifestações antigovernamentais um dia após o presidente Bashar al Asad prometer revogar o estado de emergência.
Os serviços de segurança "abriram fogo contra uma multidão composta por milhares de pessoas" que participavam do funeral de uma pessoa morta na véspera em Talbiseh, perto de Homs (centro), indicaram testemunhas contactadas por telefone.
"Quatro pessoas morreram, mas o balanço pode ser maior. Também houve mais de 50 feridos", afirmou uma das testemunhas.
Segundo a rede de televisão estatal, "um policial morreu e outros 11 foram feridos pelos disparos de um grupo criminoso armado em Talbiseh".
Em Sueida, bastião dos sírios drusos no sul do país, cinco pessoas ficaram feridas neste domingo quando partidários do regime dispersaram uma manifestação a favor da liberdade nesta região e outro protesto em uma cidade vizinha, afirmaram militantes de direitos humanos.
Estes incidentes ocorrem um dia após o presidente sírio, Bashar al Asad, prometer a revogação em uma semana da lei do estado de emergência, emblemática do regime e vigente há quase meio século. A oposição julgou este anúncio insuficiente.
Cerca de 400 manifestantes se reuniram em uma praça de Sueida para celebrar os 65 anos da independência da Síria, segundo o militante dos direitos humanos Mazen Daruish, presidente do Centro Sírio para a Liberdade de Expressão.
Os manifestantes foram agredidos por partidários do regime, que os disperaram atingindo-os com paus e pedras, segundo a fonte.
Três pessoas ficaram feridas e foram hospitalizadas, indicou Daruish.
Perto de Sueida, na região de al Qraya, um grupo de cerca de 150 pessoas foi impedido de comemorar o dia da Independência, declarou a militante Muntaha al Atrash. Dois manifestantes ficaram feridos.
A Síria vive desde o dia 15 de março um movimento popular de protesto sem precedentes contra o regime do presidente Bashar al Asad, cuja repressão já deixou pelo menos 200 mortos, segundo as organizações humanitárias.
Em um discurso pronunciado no sábado, Basad anunciou que uma comissão jurídica elaborará uma nova legislação para acabar com o Estado de emergência, embora tenha insistindo que o movimento de contestação é provocado por uma "conspiração" contra seu país.
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