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Ditador líbio nega renúncia e convida França e EUA a negociar
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O ditador líbio, Muammar Gaddafi, reiterou na noite deste sábado que não vai renunciar ao poder e convidou França e Estados Unidos a negociar com ele uma solução para a crise na Líbia, em um discurso exibido pela televisão estatal.
O discurso foi exibido ao mesmo tempo que a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que comanda a operação militar na Líbia, lançava bombardeios contra um complexo do governo na capital líbia.
Gaddafi, que resiste há mais de um mês à intervenção militar internacional e há quatro meses de revolta oposicionista no leste, reiterou que não está disposto a renunciar e que a Otan "deve abandonar qualquer esperança de uma saída".
Libyan TV/France Presse | ||
Imagem retirada de vídeo mostra Muammar Gaddafi em mais um discurso de resistência contra tropas da Otan |
"Não tenho função oficial para renunciar a ela. Não abandonarei meu país, e combaterei até a morte", declarou Gaddafi no pronunciamento. "Eu sou sagrado para o povo líbio, eu sou um símbolo e um pai para eles", insistiu.
Gaddafi fez ainda mais uma oferta de negociação, "mas sem condições". As ofertas anteriores de negociação acabaram em fracasso e mais sangue derramada na ofensiva de Gaddafi contra os rebeldes, muitos sem treinamento militar algum e com armamento precário.
"Nós não nos renderemos, mas eu os convido a negociar. Se vocês querem o petróleo, venham para que assinemos acordos com suas empresas, mas não vale a pena fazer uma guerra. Podemos solucionar nossos problemas entre os líbios sem luta; retirem suas frotas e aviões", afirmou, em um recado à Otan.
"A (Líbia) esteve pronta até agora para entrar em um cessar-fogo... mas o cessar-fogo não pode ser de uma só parte. Fomos os primeiros a dar as boas-vindas a um cessar-fogo e fomos os primeiros a aceitá-lo, mas o ataque cruzado da Otan não parou", disse o coronel.
A oferta, contudo, não foi bem recebida pela Otan. Um oficial da aliança em Bruxelas afirmou que Gaddafi deve encerrar seus ataques antes de qualquer oferta de cessar-fogo.
O oficial, que falou em condição de anonimato por não ter autorização, disse que a aliança quer "ações e não palavras" e lembrou as fracassadas ofertas feitas anteriormente pelo ditador.
ITÁLIA
O discurso foi pronunciado durante uma cerimônia por ocasião do centenário de uma batalha contra as forças de ocupação italianas.
Gaddafi aproveitou para reprovar a decisão da Itália de voltar a lançar uma agressão contra a Líbia e empregar seu poderio militar para "matar líbios", segundo o texto divulgado pela agência oficial de notícias Jana.
Louafi Larbi /Reuters | ||
Pessoas caminham por prédio da Comissão para Crianças, que Trípoli diz ter sido destruído por ataque da Otan |
"Onde estão o tratado de amizade e o acordo de não agressão? Onde está meu amigo [premiê italiano, Silvio] Berlusconi? Onde está o Parlamento italiano?", questionou o coronel líbio.
Gaddafi sublinhou que, se o petróleo for o motivo da agressão ocidental, "assinaremos contratos com suas empresas. Não precisamos de uma guerra para isso".
O dirigente líbio afirmou ainda que os rebeldes que lutam contra suas forças "são terroristas que não vêm da Líbia, e sim da Argélia, Egito, Tunísia e Afeganistão". "Enfrentaremos eles, crianças, mulheres e idosos, mas sem armas", completou, aparentemente ignorando relatos de milhares de mortes pelas forças que lutam em seu nome.
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