Publicidade
Publicidade
Suíça congela bens de Gaddafi, Mubarak e Ben Ali no país
Publicidade
DA REUTERS, EM GENEBRA
A Suíça localizou 360 milhões de francos (US$ 415,8 milhões) em patrimônio possivelmente ilegal e vinculado ao líder líbio Muammar Gaddafi e seu círculo íntimo, disse a chancelaria na segunda-feira.
Foram identificados também 410 milhões de francos vinculados ao ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, e 60 milhões atribuídos ao ex-presidente tunisiano Zine al Abidine Ben Ali.
"No caso da Líbia, foram 360 milhões de francos suíços", disse o porta-voz Lars Knuchel. "Essas quantias estão congeladas na Suíça por causa de ordens de bloqueio do governo suíço, potencialmente relacionadas a bens ilegais na Suíça."
Tunísia e Egito -- onde revoltas populares neste ano levaram à queda de Ben Ali e Mubarak -- estão em contato com a Justiça suíça para pleitear a devolução do dinheiro e dos imóveis. Mas não há discussões nesse sentido com a Líbia, onde Gaddafi resiste à rebelião, apoiada por bombardeios da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
A Suíça havia anteriormente solicitado às suas instituições, principalmente financeiras, que fizessem um levantamento do patrimônio sob suspeita ligado aos três líderes norte-africanos.
Knuchel não quis informar quais os bancos onde as contas foram achadas, ou em quais cantões (províncias) estão os imóveis em questão. "Nunca especificamos as instituições. Não é só dinheiro, há patrimônio imobiliário", explicou.
A chancelaria líbia já havia negado que Gaddafi tivesse conta em bancos da Suíça ou de qualquer outro país estrangeiro.
LÍBIA
As relações entre a Suíça e a Líbia estão abaladas desde julho de 2008, quando a polícia de Genebra prendeu um filho de Gaddafi, Hannibal, sob a acusação de cometer abusos contra duas empregadas domésticas. As acusações foram posteriormente arquivadas, graças a um acordo confidencial com as supostas vítimas.
Na época, a Líbia retirou mais de US$ 5 bilhões dos bancos suíços, suspendeu as exportações de petróleo para a Suíça, e proibiu durante mais de um ano que dois executivos suíços que trabalhavam na Líbia deixassem o país.
A Suíça vem se empenhando nos últimos anos para se livrar da imagem de que seria um paraíso da lavagem de dinheiro.
Em janeiro, o país congelou os bens do presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, que seria deposto meses depois. Os ex-governantes Ferdinand Marcos, das Filipinas, e Sani Abacha, da Nigéria, também já sofreram sanções similares.
No caso de Abacha, a Suíça devolveu US$ 800 milhões à Nigéria, num trâmite que levou quase cinco anos, segundo Knuchel. "Foi um bom exemplo de restituição", afirmou.
Também na segunda-feira, o ministério suíço das Finanças anunciou o início de procedimentos para devolver ao Haiti o patrimônio do ex-presidente Jean-Claude Duvalier, que está congelado desde 1986.
+ Canais
- Acompanhe o blog Pelo Mundo
- Acompanhe a Folha Mundo no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
- Conheça a página da Folha no Facebook
+ Notícias em Mundo
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice