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07/05/2011 - 04h00

Exército sírio entra com tanques em cidade rebelde, diz agência

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Tanques do Exército sírio entraram na manhã deste sábado na cidade de Banias, no noroeste do país, um dos focos da revolta contra o regime do ditador Bashar al Assad, informaram ativistas dos direitos humanos citados pela agência France Presse.

Os tanques entraram em Banias ainda de madrugada e tentam agora se dirigir aos bairros do sul, onde se encontra a maioria dos manifestantes, acrescentaram as fontes.

Os moradores locais "formaram um escudo humano" para impedir o avanço dos blindados, afirmaram ainda os ativistas, segundo os quais as comunicações e a eletricidade foram cortadas na cidade.

Banias se encontra sitiada pelo Exército sírio há mais de uma semana. Na noite da última quarta-feira, as forças de segurança reforçaram os acessos à cidade, onde milhares de pessoas haviam se manifestado contra o ditador.

"Parece que estão planejando atacar a cidade como fizeram em Deraa [cidade so sul do país onde tiveram início os movimentos de protesto contra o regime]", disse um dos ativistas.

MORTES

Na sexta-feira (06), ao menos 21 pessoas morreram durante uma violenta repressão das forças de segurança sírias aos protestos da oposição nas cidades de Homs e Hama, ao norte da capital Damasco.

Os confrontos mais violentos ocorreram em Homs, onde tanques do Exército dispararam indiscriminadamente contra os manifestantes, segundo o diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, Ammar Qurabi.

Segundo organizações de direitos humanos na Síria, ao menos 565 civis e mais de uma centena de membros do Exército e das forças de segurança morreram desde o início dos protestos, em meados de março.

Associated Press
Imagens mostram manifestantes reunidos na cidade de Banias; ao menos 21 morreram nesta sexta-feira na Síria
Imagens mostram manifestantes reunidos na cidade de Banias; ao menos 21 morreram nesta sexta-feira na Síria

SANÇÕES

Os países da UE alcançaram na sexta-feira um acordo político para sancionar 13 nomes do regime sírio, em resposta à violenta repressão dos protestos de oposição no país.

Na lista não aparece, entretanto, o ditador da Síria, Bashar al Assad, apesar de vários Estados-membros terem pressionado para que seu nome fosse incluído.

As sanções serão adotadas formalmente no início da próxima semana e vão incluir a proibição de viajar à Europa e o congelamento de ativos em todo o território do bloco europeu dos envolvidos.

A exclusão de Bashar al Assad da lista de sancionados não significa que não possa ser afetado em um futuro próximo, porque este tipo de lista é alvo de constante revisão e pode ser ampliada rapidamente.

Este será o primeiro pacote europeu de sanções contra a Síria, mas pode ser acompanhado em breve de novas medidas.

Já os EUA advertiram na sexta que adotará "medidas adicionais" contra a Síria caso Damasco não detenha sua brutal repressão aos manifestantes, quase uma semana depois de terem imposto duras sanções ao país árabe.

No dia 30 de abril, os EUA ordenaram o congelamento de operações financeiras da Síria, notadamente visando Maher Al Assad, irmão poderoso do presidente, que comanda a temida Quarta Divisão Blindada da Síria.

Também foram incluídos nestas sanções Ali Mamluk, chefe dos serviços de inteligência, e Atef Najib, que se apresentou como o ex-chefe de inteligência de Deraa (sul), epicentro dos protestos contra o regime.

O ditador, no entanto, foi poupado pelas sanções americanas.

 

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