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Guatemala identifica 15 das 27 vítimas decapitadas em massacre
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A Guatemala já identificou 15 das 27 pessoas mortas decapitadas num massacre atribuído ao cartel mexicano Los Zetas. De acordo com um médico do Instituto Nacional de Ciências Forenses, a identificação foi feita com ajuda de familiares das vítimas.
O médico leu uma lista de 15 nomes aos jornalistas diante do necrotério de San Benito, município do departamento (Estado) de Petén, cerca de 520 quilômetros ao norte da capital, para onde foram levados os corpos localizados no domingo na fazenda 'Los Cocos', no município de La Libertad.
Efe |
Policial guatemalco em frente a casa com frases escritas em sangue; Los Zetas teriam matado 28 agricultores no local |
Entre as vítimas há três menores de 13, 15 e 17 anos, disse o mesmo médico.
As autoridades confirmaram nesta segunda-feira que as vítimas do maior massacre dos últimos anos na Guatemala são 27, sendo 25 homens e duas mulheres. No domingo, um porta-voz policial havia indicado que eram 28 e a imprensa local chegou a informar que eram 29.
O ministro do Interior, Carlos Menocal, atribuiu o massacre ao cartel mexicano 'Los Zetas', que opera nessa região do norte da Guatemala, próxima à fronteira mexicana.
O diretor-adjunto da Polícia Nacional Civil (PNC), Gerson Oliva, confirmou a jornalistas os corpos foram encontrados neste domingo espalhados nos terrenos do sítio localizado cerca de 630 quilômetros ao norte da capital guatemalteca.
Segundo os investigadores da PNC, cerca de 200 homens fortemente armados integrantes de uma das células dos Zetas, identificada como "Z 200", chegaram ao Los Cocos na noite do sábado e atacaram às vítimas, a maioria camponeses trabalhadores desse sítio.
Uma versão inicial dos fatos, divulgada pela própria PNC, indicava que as pessoas tinham morrido durante um tiroteio entre grupos criminosos, mas a hipótese foi descartada já que não encontraram na cena do crime evidências de algum conflito.
REAÇÃO
Segundo a PNC, o massacre teria ocorrido na madrugada de domingo e as 28 vítimas, além de terem sido assassinadas a tiros, foram decapitadas pelos agressores, uma prática comum dos Zetas, grupo que é considerado um dos mais sanguinários cartéis de narcotraficantes e sicários do México e Guatemala.
De acordo com Urizar, dezenas de militares foram enviados à região da fronteira com o México, localizada a 100 quilômetros do lugar onde ocorreu o massacre, para evitar que os responsáveis fujam para o país.
"Se ordenou vigilância aérea e terrestre, e estamos em coordenação com as autoridades mexicanas para evitar que (os responsáveis) fujam pela fronteira", precisou Urizar.
Os camponeses mortos, segundo versões preliminares trabalhavam no sítio Los Cocos, propriedade de Haroldo Waldemar Leão Lara, que foi assassinado no sábado (14) na periferia da cidade de Flores, no departamento de Petén.
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