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22/05/2011 - 10h44

Ministro belga declara interesse na direção do FMI

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ministro belga das Finanças, Didier Reynders, afirmou neste domingo que está interessado no cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), cargo vago desde a renúncia de Dominique Strauss-Kahn, que enfrenta acusações de abuso sexual contra uma camareira do hotel em que se hospedou em Nova York.

Respondendo a um jornalista da rede de televisão pública RTBF que perguntou se estava interessado no cargo, Reynders respondeu: "Claro que sim, este tipo de funções são as que não se rejeitam".

"E quando alguém como eu permanece há 12 anos ao redor da mesa do comitê do Fundo Monetário, quando uma pessoa tem experiência como ministro das Finanças, está claro que é um cargo interessante, uma função a partir da qual se pode ter um impacto sobre a atividade econômica e política", argumentou.

No entanto, Reynders reconheceu que a atual ministra de Economia francesa Christine Lagarde é atualmente a favorita dos europeus para ocupar este cargo, ressaltando o interesse dos franceses de manter este posto.

"Simplesmente porque, por um lado, os franceses parecem querer garantir uma espécie de direito de manutenção, de continuação no cargo. Parece que a Alemanha também apoia isso", explicou.

O FMI disse na sexta-feira (20) que aceitará indicações para substituir Strauss-Kahn como diretor-gerente a partir de segunda-feira, e espera selecionar o novo chefe da instituição até 30 de junho.

Shakour Shaalan, representante do conselho do FMI para o Egito e vizinhos do Oriente Médio, afirmou que o processo de seleção foi amplamente aceito pelos 24 membros do conselho, o que garante que a seleção será conduzida de maneira "aberta, baseada no mérito e transparente".

Ele acrescentou que os candidatos serão compilados em uma lista pequena e que o próximo diretor-gerente será escolhido por consenso. Os países têm de segunda-feira (23) até o dia 10 de junho para indicarem seus candidatos.

Strauss-Kahn renunciou ao cargo esta semana após ter sido preso sob acusação de crimes sexuais contra uma camareira de um hotel em Nova York. Ele foi libertado nesta sexta-feira após pagamento de fiança de US$ 1 milhão. Ele chegou na noite desta sexta-feira ao edifício nova-iorquino onde morará temporariamente sob vigilância constante, perto do Marco Zero, no sul de Manhattan, informou a polícia.

Caso seja declarado culpado, Strauss-Kahn --cuja prisão abalou o Partido Socialista Francês, que pretendia lançá-lo como candidato nas eleições presidenciais de 2012-- pode ser condenado a até 74 anos de prisão.

Strauss-Kanh, de 62 anos, nega todas as acusações e será julgado em 6 de junho.

 

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