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China bloqueia protesto de minoria mongol
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FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM
Recentes protestos étnicos após o atropelamento de um camponês mongol na região da Mongólia Interior (norte) fizeram o governo chinês enviar policiais e veículos blindados, proibir reuniões, censurar o assunto nos meios de comunicação locais e bloquear o acesso à internet em diversas cidades.
As medidas, somadas a promessas oficiais de punir os atropeladores, impediram a realização de mais manifestações marcadas para esta segunda-feira contra a morte do camponês, que teria sido atingido no dia 10 por um caminhão carregado de carvão dirigido por chineses han, a maioria étnica do país.
Na semana passada, houve bloqueios de rua e manifestações em pelo menos três cidades da Mongólia Interior, nos protestos mais intensos desde 1981, quando o governo chinês iniciou um grande programa para instalar contingentes de han na região, na fronteira com a Mongólia e a Rússia.
Dois moradores da maioria han da cidade Hohhot, um dos palcos dos protestos, disseram que um grande número de policiais e carros blindados ocuparam a praça central desde domingo (29).
Os habitantes receberam várias mensagens de celular da polícia com a advertência de que "alguém com motivos escusos está tentando convocar assembleia ilegais, por favor fiquem em casa", segundo relatos, obtidos pela reportagem da Folha sob anonimato.
A internet sem fio foi cortada, sob a alegação de que se tratava de um "exercício de combate ao terrorismo".
Nessa cidade, centenas de estudantes mongóis marcharam há uma semana contra a "humilhação étnica", segundo um dos moradores.
Atualmente, os mongóis representam apenas 20% dos 24 milhões de habitantes da Mongólia Interior, vasta região semidesértica com vários recursos energéticos, como o carvão, principal fonte energética da China. A região é considerada mais assimilada em comparação com tibetanos e uigures (minoria étnica muçulmana).
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