Sobe para ao menos 34 nº de mortes por ataque taleban no Paquistão

Um novo balanço das autoridades eleva para ao menos 34, 28 policiais e seis civis, o número de mortes no ataque de um grupo de centenas de militantes do grupo islâmico Taleban contra um posto de controle da polícia no noroeste do Paquistão.

"Ao menos 500 criminosos, talebans paquistaneses e afegãos, fortemente armados atacaram na manhã de quarta-feira um posto de controle da polícia em Shaltalu, no distrito de Dir", disse o policial Qazi Jamil ur Rehman.

O número de mortos pode aumentar e a agência de notícias Efe, que cita fontes policiais, fala em ao menos 60 vítimas.

O Exército enviou helicópteros para contra-atacar e obrigou os talebans a recuar para as montanhas da região. Muitas horas depois, contudo, ainda eram registrados combates esporádicos no local.

"Retomamos o controle da maior parte da região, mas os tiroteios prosseguem perto do posto policial", acrescentou Rehman.

Segundo Rehman, as vítimas incluem duas mulheres e duas crianças. Elas morreram em suas casas, atingidas por explosivos disparados pelos talebans.

As zonas tribais do noroeste de Paquistão, que Washington considera a região mais perigosa do mundo, são redutos dos talebans paquistaneses e o principal santuário no mundo para a Al Qaeda. Também é a base de retaguarda dos talebans afegãos.

O Movimento dos Talebans do Paquistão (TTP), grupo que aderiu à Al Qaeda, executa desde 2007 uma campanha de atentados violentos em todo o país.

A polícia e o Exército paquistaneses são os principais alvos dos atentados do TTP desde meados de 2007, quando o movimento decretou a jihad (guerra santa) contra Islamabad.

Os talebans paquistaneses prometeram intensificar a campanha de atentados, que matou 4.400 pessoas em quatro anos, após a morte de Osama Bin Laden no início de maio, em uma ação americana no Paquistão. Os fundamentalistas acusam Islamabad de cumplicidade no ataque das forças especiais americanas que matou Bin Laden.