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Milhares de soldados avançam rumo a cidade rebelde na Líbia
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DA REUTERS, EM TRÍPOLI (LÍBIA)
Milhares de soldados leais ao ditador líbio, Muammar Gaddafi, marcharam nesta quarta-feira rumo à cidade de Misrata, reduto rebelde no oeste do país.
As tropas atacaram a cidade de três pontos, matando ao menos 12 rebeldes, segundo os próprios oposicionistas. O governo de Gaddafi não comentou a ação.
"Misrata está sob intenso bombardeio. As forças de Gaddafi estão bombardeando Misrata de três lados: leste, oeste e sul", disse o porta-voz rebelde Hassan al Misrati.
"Ele enviou milhares de tropas de todos os lados e elas estão tentando entrar na cidade. Eles ainda estão do lado de fora, contudo", disse Al Misrati, acrescentando que 12 rebeldes morreram e outros 26 ficaram feridos.
As tropas de Gaddafi e as forças rebeldes estão há semanas estagnadas em seus combates. Os rebeldes controlam o leste da Líbia, a cidade ocidental de Misrata e a cadeia de montanhas perto da fronteira com a Tunísia. Eles não têm sido capazes de avançar na capital contra as melhores equipadas forças de Gaddafi.
O porta-voz dos rebeldes Abdulrahman disse à Reuters, na cidade de Zintam, que as forças pró-Gaddafi haviam bombardeado nesta quarta-feira essa cidade situada no oeste do país, depois da maior concentração de militares nas imediações desde o início dos combates na área, na terça-feira.
PAUSA
A ofensiva segue uma pausa nos bombardeios da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) à capital Trípoli, suspensos na manhã desta quarta-feira depois de alguns dos mais pesados ataques desde o início das operações em março.
Um repórter da Reuters em Trípoli afirmou que não foram ouvidas mais explosões depois das 2h da madrugada. Fortes estrondos tinham antes abalado Trípoli ao longo da terça-feira e no início desta quarta. Os aviões atingiam a cidade diversas vezes a cada hora.
A Otan diz que a campanha de bombardeios tem por objetivo proteger os civis das forças do líder líbio, que esmagaram revoltas populares contra seu governo, em fevereiro, deixando muitos mortos.
Mas, com autoridades como o secretário britânico de Relações Exteriores, William Hague, falando explicitamente sobre a necessidade da renúncia de Gaddafi, os críticos dizem que a Otan foi muito além do mandato que a ONU lhe conferiu para proteger os civis.
RESISTÊNCIA
Ao mesmo tempo, Gaddafi prometeu na terça-feira combater até o fim, depois dos bombardeios da Otan contra o complexo de edifícios em que se encontra, em Trípoli.
'Nós só temos uma opção: vamos ficar na nossa terra vivos ou mortos', disse ele em um furioso pronunciamento de áudio divulgado pela TV estatal.
A emissora mostrou depois imagens que disse serem de Gaddafi reunido com líderes tribais na terça-feira. Ele tem procurado mostrar a campanha da Otan como uma tentativa do Ocidente de se apoderar do abundante petróleo da Líbia.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que houve progresso significativo na operação e a saída de Gaddafi 'é apenas uma questão de tempo'.
De acordo com o governo líbio, pelo menos 31 pessoas foram mortas em 60 bombardeios contra Trípoli nos últimos dias. Esse número não pôde ser checado com fonte independente.
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