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02/07/2011 - 22h12

FMI comemora liberação de créditos para resgate da Grécia

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Atualizado às 22h24.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) saudou neste sábado a decisão dos ministros das Finanças da zona do euro de desbloquear o quinto lote do resgate financeiro à Grécia, destinando 8,7 bilhões de euros para Atenas enfrentar suas necessidades econômicas mais urgentes.

Outros 3,3 bilhões de euros do pacote, que totaliza 12 bilhões de euros (US$ 17,41 bilhões), ainda devem ser autorizados pelo FMI em uma próxima reunião, mas a instituição já manifestou disposição em liberá-los em breve.

Trata-se da quinta parcela do socorro financeiro de 110 bilhões de euros que foram fechados em maio do ano passado.

"Celebramos o compromisso do eurogrupo com uma estratégia que faça com que o programa econômico grego esteja plenamente assegurado", disse a porta-voz do FMI Caroline Atkinson.

"Este compromisso, junto à recente adoção de medidas orçamentárias pelo Parlamento da Grécia, permitirá ao Conselho de Administração do FMI encarar a conclusão da quarta revisão e a entrega da próxima parcela".

Atkinson não deu qualquer indicação sobre a data da reunião do Conselho de Administração do Fundo para discutir o assunto.

A nova diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, assumirá o cargo na terça-feira, e a reunião deve ocorrer logo depois.

"Ficaremos muito satisfeitos de seguir cooperando com as autoridades gregas e com nossos sócios europeus para apoiar o programa que servirá para restabelecer a viabilidade das finanças públicas, defender a estabilidade do setor financeiro e melhorar a competitividade para criar as condições de crescimento e para mais empregos".

AVANÇOS

Segundo a nota, os ministros de Finanças da zona do euro --que mantiveram uma teleconferência-- elogiaram os avanços das autoridades gregas e, especialmente, a aprovação parlamentar de "leis cruciais para a estratégia fiscal e as privatizações".

"As autoridades gregas ofereceram um firme compromisso de aderirem aos ajustes fiscais estipulados e à agenda de reformas estruturais geradoras de crescimento, componentes essenciais de nossa estratégia para restaurar a sustentabilidade fiscal e salvaguardar a estabilidade financeira", acrescenta o comunicado.

O Eurogrupo apela também para todos os partidos políticos gregos a apoiar "as metas principais e as medidas políticas básicas" do programa para assegurar uma aplicação "rigorosa e rápida".

Os ministros de Finanças da zona do euro discutiram ainda os preparativos para um segundo pacote de resgate destinado a cobrir as necessidades da Grécia até 2014.

Neste sentido, tomaram nota dos compromissos anunciados por bancos que preveem participar do novo resgate, depois das negociações informais mantidas na França e Alemanha com seus respectivos setores bancários.

"As modalidades precisas e a escala da participação do setor privado e o financiamento adicional de fontes oficiais serão determinados nas próximas semanas", assinalou Juncker.

Segundo informações divulgadas pelo jornal grego "Ta Nea", o novo resgate será de 85 bilhões de euros, que se somarão aos 110 bilhões de euros outorgados em 2010.

Na distribuição, 30% seriam provenientes do FMI (25,5 bilhões de euros) e os demais 70% (59,5 bilhões de euros) da zona do euro --dos quais 30 bilhões de euros seriam provenientes de bancos.

CONDIÇÕES

A liberação da quinta parcela de socorro e um novo pacote de ajuda ao país dependiam de um novo programa de ajustes fiscais do governo grego. Esse programa, que prevê ajustes de 78 bilhões de euros, foi aprovado em duas sessões do Parlamento, na quarta e quinta-feira.

"Se cumpriram as condições para tomar uma decisão sobre o desembolso da próxima parcela de assistência financeira à Grécia", anunciaram os presidentes da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, depois da aprovação da lei que coloca em prática os ajustes na Grécia.

O desembolso dos 12 bilhões de euros evitará que a Grécia dê um calote imediato na sua dívida, que soma cerca de 340 bilhões de euros. Com esses recursos, o país terá como honrar seus compromissos pelo menos até setembro.

 

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