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05/07/2011 - 03h21

Lagarde toma posse de seu cargo à frente do FMI nesta terça-feira

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DA EFE, WASHINGTON
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A ex-ministra da Economia francesa Christine Lagarde se tornará nesta terça-feira a primeira mulher no cargo máximo do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Lagarde, que substitui o também francês Dominique Strauss-Kahn, chegará à sede do FMI, em Washington, às 9h locais (10h de Brasília), segundo informou o organismo em comunicado.

Embora não haja nenhum ato oficial programado para o seu primeiro dia e tenha adiado seu primeiro encontro com a imprensa para quarta-feira, a nova diretora-gerente posará para as câmeras em sua chegada ao organismo.

Georges Gobet/France Presse
Ministra francesa de Finanças, Christine Lagarde; ela ganhou o apoio declarado da Rússia
Ex-ministra francesa de Finanças, Christine Lagarde, que ganhou a disputa pela diretoria-geral do FMI

A ex-ministra da Economia francesa assume o cargo apenas cinco dias depois de ter sido escolhida pelo Conselho Executivo do FMI para substituir Strauss-Kahn, que renunciou em maio após ser acusado de tentar estuprar a camareira de um hotel de Nova York.

A eleição de Lagarde era amplamente esperada e mantém a tradição de um europeu à frente do organismo internacional, em detrimento do candidato dos "mercados emergentes", como se definia seu rival, o governador do Banco Central do México, Agustín Carstens.

PERFIL

Advogada de formação e mãe de dois filhos, Lagarde, 55, começou a trabalhar em 1981 na delegação parisiense de Baker&McKenzie como advogada associada.

Em 1995, passou a atuar como membro do comitê executivo mundial e, quatro anos mais tarde, como presidente.

Em 2004, ganhou atenção à frente do comitê estratégico mundial. Ela abandonou o cargo um ano depois para entrar no governo do então presidente francês, Jacques Chirac, como vice-ministra de Comércio Exterior.

Após uma breve passagem como ministra de Agricultura e Pesca no início do mandato do presidente Nicolas Sarkozy, Lagarde estreou, em junho de 2007, como a primeira mulher ministra da Economia e Finanças de um Estado membro do Grupo dos Sete (G7, que reúne os países mais industrializados do mundo).

Seus defensores destacam sua longevidade no Ministério, no qual viu passar vários titulares.

Outros fatores positivos são seu perfeito domínio do inglês e seu trabalho na gestão da crise econômica e financeira iniciada em 2008.

Ela acumula ainda a façanha de ter ocupado em 2009 o 17º lugar na lista das mulheres mais poderosas do planeta elaborada pela revista "Forbes", o 5º na lista das executivas europeias realizada pelo "Wall Street Journal", e nesse mesmo ano, o título de melhor ministra de Finanças da UE concedido pelo "Financial Times".

Contra, há o suposto abuso de autoridade cometido na indenização ao empresário Bernard Tapie pela venda da Adidas em 1992, e sobre o qual a Justiça francesa decidirá no próximo dia 8 se abre contra ela uma investigação judicial.

A sombra dessa controvérsia se agravou depois que a procuradoria de Paris decidisse nesta quarta-feira a abertura de uma investigação preliminar sobre o papel de altos funcionários que fecharam a arbitragem propícia ao empresário, embora ela própria não esteja envolvida.

 

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