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EUA vão retirar acusação contra Strauss-Kahn, diz jornal
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DA REUTERS, EM WASHINGTON
Os promotores do Tribunal Penal de Nova York vão retirar as acusações de crimes sexuais contra o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional Dominique Strauss-Kahn na próxima audiência do caso, afirma o jornal "The New York Post".
Strauss-Kahn foi libertado na sexta-feira (1º) de sua prisão domiciliar depois de uma reviravolta no caso, com a revelação de suspeitas sobre a credibilidade da vítima, uma camareira de 32 anos do Hotel Sofitel, de NY. As acusações, contudo, foram mantidas e ele não deve deixar o país até o fim do julgamento.
A camareira alega ter entrado no quarto achando que não havia ninguém e que Strauss-Kahn saiu do banheiro nu, em sua direção. Ele a teria agarrado e tentado colocar seu pênis na boca da camareira por duas vezes, além de impedir que ela deixasse o local.
Mario Tama/France Presse | ||
Ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn deixa corte de NY ao lado da mulher; ele foi libertado sem fiança |
Em carta enviada à Justiça de Nova York, os promotores do caso disseram que a camareira admitiu ter mentido sobre importantes detalhes da sua acusação contra o francês. De acordo com a nova versão, após o incidente ela teria continuado seu trabalho antes de avisar a gerência do hotel sobre a agressão sexual.
Um dia antes, o jornal "The New York Times" publicou suspeitas ainda mais graves de que a camareira teria relação com traficantes de drogas e teria recebido US$ 100 mil nos últimos dois anos --em suposta evidência de que ela teria sido paga para inventar a acusação.
O "The New York Post" cita nesta terça-feira um investigador ligado ao caso que diz que a retirada das acusações "é uma certeza" na próxima audiência, prevista para o dia 18 de julho, diante das dúvidas levantadas recentemente sobre a credibilidade da suposta vítima.
"Todos nós sabemos que este caso não é sustentável", disse o investigador ao jornal. "Sua credibilidade está tão ruim agora, que nós não podemos sustentar um caso com ela".
O investigador, que não foi identificado, disse ainda que os promotores não acreditam em mais nada do que ela fala. "O que é uma pena, porque nós podemos nunca saber o que aconteceu naquele quarto de hotel", disse.
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