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Otan admite ter matado civis em ataque aéreo no Afeganistão
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) admitiu nesta quinta-feira que matou acidentalmente "um número" de civis em um bombardeio aéreo em Shamal, na província de Khost. Segundo fontes afegãs, ao menos sete civis e quatro insurgentes morreram no ataque.
O número pode ser maior. O porta-voz do governador provincial, Mubraz Mohammed Zadran, afirma que ao menos dez civis, quatro meninas, quatro meninos e duas mulheres, foram mortos no ataque aérea, realizado na noite de terça-feira.
A morte de civis em ataques de tropas internacionais é a maior fonte de atrito entre o presidente afegão, Hamid Karzai, e seus parceiros ocidentais. Karzai denunciou inúmeras vezes a morte de civis nos ataques aliados e, em 31 de maio, chegou a dizer que as tropas estrangeiras serão consideradas "invasoras" se continuarem com os bombardeios contra imóveis da população civil em suas operações.
O ataque da noite de terça-feira matou ao menos onze pessoas, incluindo quatro insurgentes da rede terrorista Haqqani, aliada ao Taleban, segundo as forças de segurança afegãs.
Um porta-voz das forças da Otan no país disse que o ataque aéreo matou "vários" insurgentes, mas também "um número de familiares".
"Na hora, as forças de segurança não sabiam que estes insurgentes estavam operando entre mulheres e crianças", disse o porta-voz, que não soube precisar quantos insurgentes e civis foram mortos.
Por essa versão, as tropas estavam procurando um líder do grupo terrorista (com base no Paquistão) quando foram atacados com granadas e fogo de armas por um grupo de insurgentes escondidos em meio de árvores. O ataque foi uma retaliação.
O ataque enfureceu a população local. Centenas de pessoas foram às ruas nesta quinta-feira para protestar contra o ataque e a Otan e queimaram uma efígie na vila de Sayed Khel.
Este não é o único fato relacionado com civis conhecido nesta quinta-feira: poucas horas antes, a Isaf anunciou a abertura de uma investigação conjunta para identificar se ocorreram mais mortes em um bombardeio ocorrido na província sudeste de Ghazni.
A Otan afirma que soldados observaram um homem colocando uma bomba na estrada e avisaram as forças aéreas que lançaram explosivos e mataram o suposto insurgente.
Mais tarde, no entanto, chegaram denúncias da morte de civis, por isso que as tropas internacionais e afegãs ordenaram a abertura de uma investigação sobre os fatos.
As mortes de civis são uma dos principais pontos de tensão entre as tropas internacionais e o Governo afegão.
No Afeganistão estão atualmente 150 mil soldados das tropas internacionais, que fixaram para este mês o início da retirada do país, um processo que acabará em 2014.
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