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13/07/2011 - 10h47

Criador do WikiLeaks volta a corte de Londres por caso de extradição

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DA FRANCE PRESSE, EM LONDRES (REINO UNIDO)

O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, voltou à corte nesta quarta-feira, desta vez para ouvir as declarações da acusação no caso de sua extradição para a Suécia como suspeito em um caso de agressão sexual.

Assange, que irritou os EUA no ano passado com a divulgação de milhares de documentos diplomáticos secretos, é acusado de cometer assédio sexual e estupro contra duas ex-voluntárias do WikiLeaks, em agosto de 2010. Ele admite sexo consensual, nega qualquer crime e afirma estar sendo alvo de uma perseguição política que visa extraditá-lo aos EUA.

Ele já havia comparecido ontem, para ouvir os argumentos da defesa. A audiência deve durar ao menos mais um dia.

Leon Neal/France Presse
Criador do WikiLeaks, Julian Assange, chega à Alta Corte, em Londres, para ouvir argumentos a favor de sua extradição
Criador do WikiLeaks, Julian Assange, chega à Alta Corte, em Londres, para ouvir argumentos pró-extradição

A promotora Clare Montgomery, que atua em nome das autoridades suecas, afirmou que tudo de que se necessita para uma extradição é "uma acusação e uma intenção de submetê-la a julgamento".

Montgomery também rebateu os argumentos da defesa sobre a natureza dos atos denunciados pelas duas mulheres, com quem Assange admite ter mantido relações consentidas durante uma permanência na Suécia em agosto de 2010.

A Alta Corte de Londres começou a examinar na terça-feira o recurso apresentado por Assange contra a decisão de extraditá-lo para a Suécia, país que o reclama para interrogá-lo por quatro supostos crimes de agressão sexual.

O australiano, que no domingo completou 40 anos, não fez declarações aos jornalistas presentes.

A audiência, presidida pelos juízes John Thomas e Duncan Ouseley, não deve resultar em uma decisão imediata. Como Assange ainda dispõe da possibilidade de recorrer à Suprema Corte, o caso pode demorar vários meses.

Assange está representado por uma nova advogada, a veterana Gareth Peirce, especialista em casos de extradição e direitos humanos.

Ele foi detido no fim do ano passado em Londres em virtude de uma ordem de captura europeia. Depois de passar nove dias na prisão, está desde 16 de dezembro em liberdade condicional e vive praticamente o tempo todo na mansão de um amigo a 200 km da capital inglesa.

A detenção aconteceu após o início da divulgação, em 2010, de milhares de telegramas diplomáticos confidenciais americanos pelo WikiLeaks, assim como de documentos secretos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.

Os partidários de Assange denunciam que o caso tem motivações políticas e que a extradição para a Suécia seria apenas uma etapa antes do australiano ser entregue aos Estados Unidos, país que ainda estuda uma maneira de acusá-lo formalmente.

 

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