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18/07/2011 - 12h06

Organizadores da "Bem-vindos à Palestina" destacam a missão

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DA EFE

Os organizadores da chegada em massa de ativistas ao aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv no último dia oito qualificaram nesta segunda-feira em Jerusalém a iniciativa como um "sucesso" e anunciaram uma similar e maior para o próximo ano.

"Esta experiência mobilizou mais pessoas e grupos que querem participar da próxima", disse a palestina Lubna Masarwa, uma de suas principais organizadoras em entrevista coletiva no Centro de Informação Alternativa.

Já se está movimentando uma nova campanha "Bem-vindos à Palestina" para 2012, possivelmente para o dia 15 de maio, por ocasião do Dia da Nakba (data em que os palestinos lembram o exílio por causa da criação do Estado de Israel em 1948).

Também se cogita que ocorra em 9 de julho, data em que a Corte Internacional de Justiça de Haia declarou ilegal e pediu o desmantelamento do muro israelense de separação na Cisjordânia.

"A questão não é se entraremos ou não, pois há uma necessidade de desafiar as políticas israelenses", acrescentou.

"Bem-vindos à Palestina" era uma campanha de cerca de 40 organizações civis internacionais e palestinas para que cerca de 600 ativistas declarassem em Ben Gurion às autoridades migratórias israelenses sua intenção de "visitar a Palestina".

Apenas cerca de 30 ativistas conseguiram passar porque disseram que visitariam Israel, revelou Shirin Al Aray, ativista que os acompanhou durante a viagem.

Apesar de apenas algumas pessoas terem chegado ao território palestino, organizadores e participantes destacaram o sucesso da missão, ao considerarem que evidenciou a resposta de Israel perante uma iniciativa pacífica e a conivência da comunidade internacional.

"Desafiamos as políticas de Israel e da comunidade internacional perante seus cidadãos. Não queríamos vulnerar lei alguma, só dizer aos funcionários israelenses que vínhamos visitar a Palestina. Agora, sabemos que Israel impõe à comunidade internacional barreiras ao movimento dos cidadãos sem que exista reação", ressaltou Aray.

Vivianne Porzsolt, australiana de 69 anos que fez parte da campanha e atua na organização "Judeus contra a ocupação", acredita que as "reações exageradas" mostraram "às pessoas que o Estado de Israel tem medo das que dizem que vão visitar a Palestina".

Porzsolt e Sylvia Hale, uma ex-deputada australiana, foram detidas no aeroporto, mas conseguiram se livrar da prisão.

"Israel tem medo de duas mulheres de 69 anos porque não querem que a gente chegue, veja, volte a nosso país e conte o que acontece aqui", destacou.

 

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