Segundo dia de greve de taxistas prejudica turistas na Grécia

Milhares de turistas sofreram as consequências do segundo dia de greve dos taxistas gregos nesta terça-feira. Os manifestantes protestam contra os planos de liberalização da profissão e de bloqueio de acessos a vários aeroportos, portos e áreas turísticas do país.

Grevistas impediram, durante quatro horas, o desembarque de passageiros nos portos da ilha de Creta, Katakolon e Patras, que serve de conexão entre Grécia e Itália. Dois cruzeiros mudaram seu destino e cancelaram um desembarque no porto do Pireo, deixando cerca de 3.200 turistas sem poder visitar os monumentos da Acrópole de Atenas.

Às 12h, mais de 2.500 taxistas se reuniram em frente ao parlamento grego para pedir ao governo que não aplique a lei aprovada. As novas regras visam colocar um fim ao monopólio da profissão e abrir a concessão de novas licenças a preços baixos.

"Este governo não dará nenhuma nova licença, porque, se fizer, nós vamos derrubá-lo", disse o presidente do sindicato de taxistas, Thimios Liberópulos.

Associações de hoteleiros, agências de viagens e empresas do turismo se uniram para escrever uma carta que foi enviada ao ministro de Transporte, Yanis Raguzis, para pedir ações contra o prejuízo de uma das principais fontes de renda do país.

Os profissionais do setor estimam que cada turista que chega em cruzeiro gasta, em média, € 65 por dia e € 600 durante estadia em território grego.