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21/07/2011 - 08h47

Líder estudantil se converte em musa de protesto no Chile

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LUCAS FERRAZ
ENVIADO ESPECIAL A SANTIAGO

Piercing de argola no nariz, olhos turquesa de Chico Buarque e charme irresistível, Camila Vallejo, 23, virou musa e uma das principais lideranças da Primavera Árabe dos estudantes chilenos.

A beleza da jovem transformou-se em um dos atrativos de eventos e debates do movimento, como a reportagem da Folha pôde presenciar ontem em teatro de Santiago.

Durante discurso de Camila, a sala ficou lotada. Na saída, pedidos de fotos. Na rua, elogios até de senhores admirados com o vigor estudantil.

"É normal esse assédio", comenta à Folha Vallejo, calma e atenciosa --diferente do agito de antes de discursar.

Claudio Reyes-31.mai.2011/Efe
Camila Vallejo, 23, admite que sua beleza acaba ajudando na exposição dos reclamos estudantis
Camila Vallejo, 23, admite que sua beleza acaba ajudando na exposição dos reclamos estudantis

Estudante de geografia da Universidade do Chile, ela preside desde novembro a confederação de estudantes da instituição, um dos colegiados responsáveis por reclamar reformas na educação chilena e ponta de lança dos protestos que estouraram nas ruas do país há dois meses.

Nascida em Santiago, Camila é filiada ao Partido Comunista, como os pais, e milita em causas sociais desde os 18 anos. Admiradora do ex-presidente Salvador Allende, afirma venerar o presidente da Bolívia, Evo Morales.

A jovem cruza os dedos para responder que, agora, não tem pretensão política --também falta idade, já que no Chile, para ser deputado, é preciso ter mais de 35 anos.

Sobre ter se tornado musa dos protestos, conta, sem modéstia, que já esperava. "A sociedade chilena é muito machista. Aí surge uma mulher bonita, que vai debater, e ninguém aceita isso muito bem."

Camila admite que sua beleza acaba ajudando na exposição dos reclamos estudantis. Ela só detesta falar que, sim, está namorando.

 

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