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21/07/2011 - 14h01

ONU adverte que crise de fome na África vai ser longa

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A crise de fome no Chifre da África vai ser longa, previu nesta quinta-feira a subsecretária geral para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, Valerie Amos.

"Esta não vai ser uma crise curta. A ONU e seus membros esperam combater esta situação pelo menos durante os próximos seis meses", afirmou em um discurso em Genebra.

A organização decretou situação de crise de fome em duas regiões da Somália, mas não tem números concretos sobre a quantidade de mortos. Amos afirmou que, no Chifre da África, há 11,5 milhões de pessoas "que necessitam de assistência urgente", sendo 3,7 milhões na Somália.

Ismail Taxta /Reuters
Mulher somali carrega filho subnutrido em um acampamento na capital Mogadício; ONU diz que crise será longa
Mulher somali carrega filho subnutrido em um acampamento na capital Mogadício; ONU diz que crise será longa

"Se não atuarmos, esta crise de fome se estenderá ao resto do sul da Somália em dois meses, e seus efeitos podem se estender aos demais países da região".

A ONU está pedindo ajuda financeira de US$ 1,9 bilhão para combater a situação na Etiópia, Quênia e Somália --onde estão os principais os focos da crise. Menos da metade do valor requisitado foi financiado até o momento.

Uma reunião de emergência para discutir a situação foi convocada pelo órgão para o dia 25 de julho, a pedido da França. O encontro deve acontecer em Roma.

Nos centros de distribuição de alimentos e acampamentos da Somália, os soldados já estão usando a força para conter a briga das famílias pela comida distribuída.

O governo queniano expressou preocupação com o grande número de somalis fugindo da seca e sugeriu que os alimentos deveriam ser jogados no país com a ajuda de aviões. Dezenas de milhares de pessoas já foram buscar ajuda em campus de refugiados no Quênia e na Etiópia.

"Uma vez que os refugiados vêm para o Quênia, eles não querem voltar. Eles dizem que é melhor morrer no Quênia do que na Somália", disse o primeiro-ministro queniano, Raila Odinga.

 

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