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Britânico compara adiar acordo climático a tentar acalmar Hitler
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DA REUTERS
Líderes mundiais que se opõem a um acordo global para combater a mudança climática estão cometendo um erro similar ao dos políticos que tentaram acalmar Adolf Hitler antes da Segunda Guerra Mundial, disse um ministro britânico na quinta-feira.
O ministro da Energia e Mudança Climática, Chris Huhne, disse que os governos precisam redobrar os esforços para encontrar um substituto ao Protocolo de Kyoto para as emissões, embora seja improvável que haja um avanço na conferência deste ano em Durban, na África do Sul.
A crise econômica tirou da agenda política a busca por um tratado legalmente vinculante para limitar as emissões que aquecem o planeta e os países não querem perder competitividade ao adotar sozinhos metas climáticas rigorosas, afirmou ele.
Em um discurso em que exortou os países a manter a pressão por um acordo climático, Huhne evocou a memória do líder britânico Winston Churchill e a luta contra a Alemanha nazista sob o comando de Hitler.
"A mudança climática tem recebido menos atenção política agora do que há dois anos. Há um vácuo e as forças da pouca ambição estão preenchendo esse espaço", disse ele. "Ceder às forças da pouca ambição seria um ato de apaziguamento climático.
"Esse é o nosso momento Munique", acrescentou ele, referindo-se ao Acordo de Munique, um pacto de 1938 que deu a Hitler terras da antiga Tchecoslováquia numa tentativa frustrada de convencê-lo a abandonar novas expansões territoriais.
DISCORDÂNCIAS
O Protocolo de Kyoto, que controla as emissões de gás-estufa apenas nos países desenvolvidos, expira no fim de 2012. Os países em desenvolvimento querem estender Kyoto, mas Japão, Rússia e Canadá querem um acordo novo e mais amplo.
Os países mais pobres dizem que as nações ricas emitiram a maioria dos gases-estufa depois da Revolução Industrial e que devem estender o Protocolo de Kyoto antes de esperar a adoção pelos países pobres.
Huhne, no entanto, afirmou que não há tempo a perder se o mundo quer evitar temperaturas mais altas capazes de produzir uma mistura catastrófica de secas, tempestades, doenças e elevação do nível das marés.
"Não podemos esperar cada país se tornar igual, porque isso significaria esperar pela eternidade", disse ele à plateia no instituto Chatham House, em Londres. "Em algum momento, devemos desenhar uma linha e dizer: isso começa agora. Isso começa aqui."
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