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Rebeldes líbios capturam comandante chave de Gaddafi, diz jornal
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DE SÃO PAULO
Rebeldes líbios da cidade de Misrata afirmam que capturaram o chefe de operações do regime de Muammar Gaddafi em Zlitan, no primeiro dia de ataque das tropas do ditador à região. As informações são da versão on-line do jornal britânico "Guardian".
O general Abdul Nabih Zayid foi capturado na noite de quarta-feira, após forças rebeldes invadirem o posto de comando de Souk Talat, um pequeno vilarejo próximo a Zlitan, afirmaram os rebeldes.
De acordo com o periódico, investigadores de crimes de guerra em Misrata dizem que o general é uma "pessoa de interesse" por causa do papel que ocupa no que chamam de ataques sistemáticos e generalizados contra civis.
"Ele está sob custódia e sendo bem cuidado", afirmou Mohamed Frefr, responsável dos rebeldes pelos presos. "Depois de três dias falando com ele, vamos entregá-lo para a prisão militar." Zayid está sendo interrogado e recebendo doses de insulina para tratar sua diabete.
CONFIANÇA
O "Guardian" informou ainda que rebeldes que encontraram o presidente francês, Nicolas Sarkozy, demonstraram confiança nos confrontos contra Gaddafi. O grupo reportou a Sarkozy que, com ajuda internacional, poderiam estar em Tripoli em alguns dias.
Algumas fontes da oposição afirmaram ainda que o chefe de inteligência de Gaddafi, Abdullah Senussi, foi morto em um ataque contra o regime em Tripoli, informação ainda não confirmada.
Soldados rebeldes dizem que agora estão nos arredores de Zlitan, cuja ofensiva começou junto com a tentativa de tomar o controle da cidade de Brega. As duas frentes receberam apoio pesado nos últimos dias de ataques aéreos da Otan, aliança militar do Ocidente. A oposição diz que as forças de Gaddafi estão ficando sem homens para combate.
CONFRONTOS
O ditador líbio enfrenta desde março uma ampla ofensiva militar dos rebeldes oposicionistas, que exigem sua renúncia imediata. Como outros líderes confrontados na onda de revoltas do mundo árabe, ele condena a interferência externa em seu país e diz que não deixará o poder.
Diante da violenta repressão das forças de Gaddafi, a ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou uma resolução para intervenção militar no país, com objetivo de protegê-lo. A ofensiva, iniciada em 19 de março, não conseguiu derrotar Gaddafi, que continua negando pedidos para que deixe o poder --no qual está há 41 anos.
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