EUA negam envolvimento em assassinato de professor iraniano

O governo americano rejeitou nesta segunda-feira (25) implicação no assassinato do professor iraniano Daryoush Rezaienejad, no sábado passado em Teerã, depois que o regime de Mahmoud Ahmadinejad atribuiu a autoria do crime a EUA e Israel.

A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, assinalou que o governo recebeu informações "contraditórias sobre o incidente", no qual assegurou que os Estados Unidos não estiveram implicados.

Victoria assinalou em sua entrevista coletiva diária que é uma "prática frequente" do Irã acusar o Ocidente deste tipo de atos e condenou o assassinato "de uma pessoa inocente".

"Esperamos que Teerã não esteja usando este incidente para distrair a atenção do que tem de fazer, que é voltar a cumprir com as obrigações internacionais", ressaltou.

Daryoush Rezaienejad, professor de eletrônica de 35 anos, foi assassinado no sábado quando ia com a esposa buscar o filho do casal na creche.

O Irã acusou EUA e Israel de estarem por trás do assassinato de Rezaienajad, e o presidente do Parlamento de Teerã, Ali Larijani, apontou que demonstra "a animosidade destes dois países contra o Irã".

Nos últimos anos, vários cientistas implicados no programa nuclear iraniano desapareceram ou foram vítimas de ataques.

O Irã se encontra no meio de complexas negociações com o Grupo 5+1, composto pelos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia) mais a Alemanha, sobre seu programa nuclear.