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26/07/2011 - 21h42

Após críticas, Boehner refaz seu plano sobre dívida dos EUA

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DA REUTERS

O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, John Boehner, está refazendo seu plano orçamentário após descobrir que os cortes de gastos apresentados no seu plano eram inferiores aos prometidos por ele, afirmou um porta-voz nesta terça-feira.

"Prometemos que vamos cortar os gastos em uma proporção maior que usada para elevar a dívida -- sem aumento de impostos -- e manteremos essa promessa", disse o porta-voz de Boehner, Michael Steel.

"Enquanto falamos, membros do Congresso estão buscando opções para rescrever a legislação a fim de que ela atenda a nossa promessa".

O Escritório de Orçamento do Congresso, órgão apartidário, revelou que o plano cortaria gastos em 850 bilhões de dólares em 10 anos, em vez do 1,2 trilhão de dólares prometido.

PLANOS

Boehner defende um plano que começaria com economias de US$ 1,2 trilhão nos próximos dez anos, mas apenas aumentaria o teto da dívida por alguns meses.

Os democratas do Senado propuseram, por sua vez, um plano único para elevar o teto da dívida em 2012 e reduzindo o deficit em US$ 2,7 trilhões na próxima década.

Na noite desta segunda-feira, o presidente americano, Barack Obama, pediu, em discurso transmitido pela televisão, apoio ao plano democrata e alertou que o default está próximo.

Obama disse que democratas e republicanos têm culpa e responsabilidade de resolver a situação. O fracasso do acordo levaria a um "dano incalculável".

"Se nós ficarmos na situação atual, nossa crescente dívida poderá custar empregos e trazer sérios estragos para a economia", advertiu.

Boehner reagiu ontem ao discurso afirmando que os EUA "não podem entrar em default, mas advertiu que o "povo americano não aceitará um aumento da dívida sem cortes significativos nos gastos e uma reforma".

IMPASSE

Democratas e republicanos estão em um impasse sobre o limite do país da dívida. Sem um acordo até dia 2 de agosto, o governo dos EUA corre o risco de ficar inadimplente em algumas das suas obrigações relacionadas à dívida.

Nesta data, os EUA devem ultrapassar o chamado teto de sua dívida, que é de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões).

Analistas afirmam que o calote da dívida americana poderia provocar um salto da taxa de juros nos Estados Unidos e potencialmente ameaçar a recuperação econômica mundial.

A oposição republicana, que controla a Câmara dos Representantes (deputados federais), exige que um acordo para elevar o teto da dívida seja vinculado a cortes no orçamento americano, para reduzir o deficit recorde, calculado em cerca de US$ 1,5 trilhão (R$ 2,3 trilhões) para o ano fiscal que termina em setembro.

Apesar de representantes de ambos os partidos concordarem com a necessidade de reduzir gastos, há muitas divergências sobre o que cortar e que programas atingir.

Os republicanos se recusam a aceitar qualquer proposta que inclua aumento de impostos. Obama, no entanto, insiste na necessidade de acabar com cortes de impostos que beneficiam a camada mais rica da população, criados ainda no governo de George W. Bush.

Os democratas, por outro lado, relutam em tocar em programas sociais que os republicanos querem enxugar.

Com agências de notícias

 

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