Narcotráfico ameaça eleições na Guatemala, diz presidente

As eleições gerais da Guatemala, a se realizarem no dia 11 de setembro, estão seriamente ameaçadas pelo narcotráfico, afirmou o presidente do país, Álvaro Colom, em entrevista publicada no jornal "La Jornada de México" nesta quarta-feira.

Os criminosos vão "tratar de recuperar sua influência em escala municipal, no Congresso, na presidência, em todos os níveis", disse. Em setembro, a população guatemalteca elegerá presidente e vice, 158 deputados, 333 prefeitos e 20 representantes do Parlamento Centro-americano.

Colom afirmou que pediu a todos os partidos e candidatos que tenham muito cuidado, uma vez que o governo prendeu quase 6.500 pessoas envolvidas com o narcotráfico e que sete de cada dez membros dos grupos estão cumprindo pena.

O combate aos narcotraficantes se fortaleceu após um massacre ocorrido em maio, quando 27 pessoas morreram decapitadas em uma fazenda em Petén. O crime foi atribuído ao grupo Los Zetas.

Em resposta, Colom declarou estado de sítio na região fronteiriça com o México, o que, segundo ele, baixou a criminalidade em 45%.