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Dados de leitores do jornal britânico "The Sun" são roubados
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DA EFE, EM LONDRES
Hackers roubaram em julho os dados pessoais de milhares de leitores que participaram de concursos e enquetes no site do tabloide britânico "The Sun", publicou nesta terça-feira o jornal "The Guardian".
A News International, de Rupert Murdoch, proprietário da publicação, informou na segunda-feira à noite que alguns usuários podem ter tido dados como usuário, endereço de e-mail, data de nascimento e telefone subtraídos, embora os dados financeiros não tenham sido comprometidos, disse "The Guardian".
"Contatamos o senhor porque acreditamos que algumas informações fornecidas ao nosso site podem ter sido subtraídas e publicadas na internet", alertou por e-mail a companhia aos clientes.
No dia 19 de julho houve um "ataque organizado" contra o site do "The Sun", o mais lido do Reino Unido com tiragem de 2,5 milhões de exemplares.
No comunicado, a News International, do conglomerado de Murdoch, News Corporation, afirmou nesta terça-feira que trata com "extrema seriedade" a proteção de dados de seus usuários e trabalha conjuntamente com as autoridades para "solucionar o problema".
Em 19 de julho, o grupo de "hackers" LulzSec reivindicou o ataque ao site do "The Sun" que direcionou os visitantes a uma notícia falsa sobre a suposta morte de Rupert Murdoch.
Parte dos dados pessoais subtraídos está em um fórum da internet. O usuário que teria colocado as informações na página nega qualquer envolvimento com o grupo de hackers.
Além do "The Sun" e outras publicações, a News International editava o dominical "News of the World", que foi fechado após o escândalo do uso de grampos telefônicos ilegais.
Uma investigação parlamentar sobre o escândalo mostrou que a News International pediu a uma empresa que apagasse centenas de milhares de e-mails trocados desde abril de 2010.
Os advogados da companhia HCL, contratada para cuidar das informações da News International, confirmaram as informações em carta enviada à Comissão de Interior dos Comuns.
Segundo a empresa, nos últimos meses receberam nove pedidos para apagar e-mails em massa da News International.
O presidente da comissão, o parlamentar Keith Vaz, demonstrou "surpresa com o fato de tantos e-mails e informações possam ter sido apagadas antes do início do ano".
Em janeiro, a News International afirmou que faria todo o possível para cooperar com a Scotland Yard (Polícia Metropolitana de Londres), que examina os arquivos da companhia em busca de provas sobre os grampos telefônicos e pagamentos à Polícia para conseguir notícias.
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