Estudantes chilenos anunciam nova greve por educação e protestos

A Confech (Confederação de Estudantes Universitários do Chile) anunciou nesta quarta-feira que fará uma paralisação nacional no próximo dia 9 e confirmou duas marchas por reformas na educação amanhã.

Os estudantes afirmaram que continuarão mobilizados e que estão realizando assembleias nacionais para definir sua postura diante do conjunto de medidas governamentais para a solução da crise no ensino.

A presidente da Fech (Federação de Estudantes da Universidade do Chile), Camila Vallejo, disse que a iniciativa é um "alerta" de que o movimento estudantil continua "vivo", "mobilizado" e "discutindo".

	Felipe Trueba/Efe
	Estudantes caminham ao lado de cadeiras penduradas em portão, em manifestação por reformas na educação

"Queremos ressaltar que seguimos muito mobilizados. Vamos tomar uma posição na sexta-feira sobre a entrega da resposta para o ministro (da Educação), mas este movimento não vai ficar em um estado de status quo", acrescentou Vallejo.

Há dois meses, as escolas e universidades públicas estão ocupadas e uma ampla mobilização, que chegou a reunir cerca de 400 mil pessoas nas ruas do Chile no final de junho, pede melhoras na educação.

Uma proposta de reforma educacional que incluiu um pacote de 21 medidas foi entregue pelo governo às associações estudantis na segunda-feira, sendo que ontem muitas organizações estudantis rechaçaram o projeto por considerá-lo insatisfatório. A resposta definitiva será dada nesta sexta-feira.