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Corte Constitucional da Guatemala rejeita candidatura da ex-primeira-dama
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DA EFE
A Corte de Constitucionalidade da Guatemala rejeitou nesta segunda-feira de forma definitiva a candidatura presidencial da ex-primeira-dama do país Sandra Torres, ao ratificar as decisões do Supremo Tribunal Eleitoral e da Suprema Corte de Justiça.
A decisão unânime dos sete magistrados que estudaram o caso no máximo tribunal da Guatemala põe fim à aspiração da ex-mulher do presidente do país, Álvaro Colom, de apresentar-se como candidata nas eleições de 11 de setembro.
"A Corte de Constitucionalidade por unanimidade confirma a sentença ditada pela Suprema Corte de Justiça", ao concluir que Sandra Torres incorreu em "fraude de lei", disse em entrevista coletiva o presidente do máximo tribunal, Alejandro Maldonado.
O inciso C do artigo 186 da Constituição proíbe que familiares do presidente de turno apresentem-se como candidatos para sucedê-lo, e Sandra tentou burlar essa proibição ao divorciar-se de Colom em abril.
Essa proibição, precisou Maldonado, "inclui a cônjuge" do líder, e ao pretender burlar a lei com o divórcio, se consumou uma "fraude", como desde o princípio indicaram o Supremo Tribunal Eleitoral e a Suprema Corte de Justiça.
Maldonado ressaltou que a decisão da Corte de Constitucionalidade "confirma a rejeição" das instâncias judiciais inferiores à candidatura da ex-primeira-dama, que foi apresentada com o apoio da coalizão formada pela governista UNE (União Nacional da Esperança) e a GANA (Grande Aliança Nacional).
Sandra, que segundo as pesquisas publicadas pela imprensa local aparecia como a segunda preferida nas intenções de voto dos guatemaltecos, mais de 20 pontos atrás do general reformado Otto Pérez Molina, do direitista Partido Patriota, não se pronunciou sobre a decisão judicial que a deixou fora da disputa.
Dezenas de simpatizas da ex-primeira-dama que permaneciam do lado de fora da sede da Corte estavam desconsolados após conhecerem a decisão, e acusaram os magistrados de "se venderem aos interesses dos setores empresariais do país".
A saída de Sandra a pouco mais de um mês do pleito modificará drasticamente o panorama eleitoral e motivará uma ferrenha disputa entre outros partidos pela simpatia dos eleitores que pretendiam votar na ex-primeira-dama.
Nas eleições de 11 de setembro, os guatemaltecos elegerão presidente e vice-presidente, 158 deputados ao Congresso e 20 ao Parlamento Centro-Americano, além de 333 prefeitos.
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