Espanha tem crescimento tímido de 0,2% no 2º trimestre

A economia espanhola registrou um crescimento de apenas 0,2% no segundo trimestre de 2011, confirmando a fase difícil para as economias da zona do euro.

O crescimento ficou abaixo dos 0,3% registrado no período de janeiro a março, segundo números oficiais divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

Em ritmo anual, o crescimento no segundo trimestre foi de 0,7%.

O instituto atribuiu o crescimento à demanda demanda externa, que compensou parcialmente a a contribuição negativa da demanda nacional.

A Espanha, que sofreu muito com a crise financeira internacional e a explosão da bolha imobiliária interna, luta para afastar a recessão.

Depois de uma forte queda de 3,7% em 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) espanhol retrocedeu 0,1%, em 2010. O fraco crescimento prejudica o combate ao desemprego, que chega a 20,89% na Espanha, um dos mais altos entre os países desenvolvidos.

No início de agosto, cresceu a preocupação sobre a capacidade da Espanha de pagar suas dívidas, depois que os juros dos seus títulos subiram a níveis estratosféricos para padrões europeus (acima de 6%) --descendo em seguida, com a intervenção do Banco Central Europeu, que comprou títulos da dívida.

O temor do mercado é de que a Espanha necessite eventualmente de um resgate, como Grécia, Irlanda e Portugal, mas o governo nega a possibilidade. A dívida pública espanhola, quarta economia da zona do euro, chega a 654 bilhões de euros.

O governo espanhol deve adotar na próxima sexta-feira novas medidas de austeridade para ampliar a arrecadação em 2,5 bilhões de euros.

O Banco da Espanha prevê um crescimento de 0,8% para 2011, enquanto o governo o situa em 1,3%. Para 2012, a previsão do Banco Central é de um crescimento de 1,5% contra 2,3% do governo.