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18/08/2011 - 22h13

ONU tem evidências contra 50 suspeitos de crimes contra a humanidade na Síria

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DA REUTERS

A repressão síria contra os manifestantes antigoverno poderá resultar em um processo por crimes contra a humanidade do TPI (Tribunal Penal Internacional), disseram investigadores da Organização das Nações Unidas (ONU) na quinta-feira. Eles acrescentaram que têm evidências contra 50 suspeitos.

As forças sírias abriram fogo contra manifestantes pacíficos em várias partes do país. Em geral, atiraram a curta distância e sem advertência, matando ao menos 2.000 civis, incluindo crianças, afirmaram os investigadores em um relatório destinado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.

As feridas das vítimas eram "consistentes com uma aparente política de atirar para matar", disseram, acrescentando que alguns teriam sido mortos a facadas.

Tanques, granadas, atiradores, armas automáticas e helicópteros foram usados na investida destinada a esmagar a oposição ao governo do ditador Bashar Assad.

"A missão encontrou um padrão de violações aos direitos humanos que se constitui em ataques sistemáticos e disseminados contra a população civil, que pode equivaler a crimes contra a humanidade", disse o relatório.

O Conselho de Segurança da ONU deve considerar a possibilidade de apontar a situação na Síria ao TPI, recomendou o documento.

A Síria assinou, mas não ratificou o tratado. Isso quer dizer que o TPI não tem jurisdição sobre os crimes internacionais cometidos lá, a menos que o Conselho de Segurança denuncie especificamente a Síria ao tribunal com sede em Haia. O Conselho de Segurança denunciou a Líbia ao TPI em fevereiro pela repressão violenta.

A equipe liderada pela alta comissária adjunta da ONU para Direitos Humanos, Kyung-wha Kang, não teve autorização para entrar na Síria, mas entrevistou vítimas e testemunhas em quatro países, algumas delas que ainda estão na Síria.

O relatório cobre o período que vai de meados de março a meados de julho.

Ele contém uma lista confidencial de 50 pessoas em níveis diversos do governo supostamente ligados aos crimes e disse que poderá ser apresentada "no contexto de futuras investigações e possíveis indiciamentos por um promotor competente".

 

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