Rebeldes invadem embaixada líbia na Turquia e na Bósnia

Grupos de líbios oposicionistas invadiram nesta segunda-feira a embaixada líbia em Ancara, na Turquia, e em Sarajevo, na Bósnia. Já na Síria, a Embaixada da Líbia em Damasco anunciou que passou para o lado dos rebeldes.

Um grupo de opositores ao regime de Muammar Gaddafi tomou nesta segunda-feira a Embaixada Líbia em Ancara, na Turquia.

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Após mais de seis meses de batalha, os rebeldes oposicionistas líbios controlam a maior parte da capital Trípoli e enfrentam as forças do regime no nos arredores do complexo de Bab al-Aziziyah, quartel-general do ditador. Há rumores não confirmados de que Gaddafi está no local.

	Tolga Bozoglu/Efe
	Líbios queimam bandeiras e fotos de Muammar Gaddafi durante manifestação no Consulado Líbio em Istambul

Pouco depois de ouvir as notícias de que as forças rebeldes entraram em Trípoli e detiveram os filhos de Gaddafi, um grupo de várias dezenas de opositores foi até o local. Eles retiraram a bandeira verde que representa o regime do ditador para içar a bandeira tricolor do rebelde Conselho Nacional de Transição, informou o canal NTV.

Apesar de terem discutido com os funcionários da sede diplomática, os líbios não encontraram muita resistência para trocar as bandeiras.

O embaixador Ziyad Adham El Muntaser disse à NTV que se sente "muito feliz" que a revolução triunfou. Sua entrevista, contudo, foi interrompida pelos opositores, que disseram que ele é "um homem de Gaddafi".

"Se Deus quiser, agora a Líbia será como a Turquia. Será uma república. Perdemos dois ou três anos, mas agora a Líbia é nossa", disse Abdul Menem Bendardf, que se identificou como porta-voz do CNT.

BÓSNIA

Na Bósnia, a polícia cercou a Embaixada da Líbia em Sarajevo depois que dezenas de líbios entraram no prédio.

Eles jogaram as fotos de Gaddafi pela janela, içaram a bandeira tricolor dos rebeldes e estão pedindo a renúncia do embaixador.

O ex-funcionário da embaixada Amira Berma disse que o embaixador Salem A. A. Finnir é apoiador convicto de Gaddafi e se recusa a deixar o cargo.

A polícia bósnia está dentro e nos arredores do prédio, tentando manter as negociações com os líbios pacíficas.

Berma disse que o embaixador avisaria ao regime sobre qualquer sinal de deslealdade da equipe diplomática --o que normalmente resultaria em assédio à família do "traidor" na Líbia.

APOIO

Na Síria, que também enfrenta uma revolta popular contra o regime, a Embaixada da Líbia em Damasco anunciou nesta segunda-feira, em um comunicado, que passa para o lado dos rebeldes.

"Nós, embaixadores e funcionários da embaixada da Líbia em Damasco, anunciamos nosso apoio total à revolução de 17 de fevereiro e anunciamos oficialmente que aderimos ao Conselho Nacional de Transição (CNT)", afirma o comunicado.