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24/08/2011 - 09h18

Com saúde deteriorada, ativista indiano se recusa a comer

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ativista indiano Anna Hazare, em greve de fome há mais de uma semana, negou nesta quarta-feira qualquer possibilidade de voltar a comer enquanto o governo não aprovar fortes medidas anticorrupção, mesmo que isso cause riscos à sua saúde.

"Perdi apenas 6 kg e uma parte do meu fígado foi afetada, mas não há com o que se preocupar", afirmou Hazare a seus apoiadores, que acompanham sua manifestação. "Até agora as intenções do governo não foram boas, mas não voltarei atrás. Não me importo se eu tenha que morrer".

Com a saúde do ativista prejudicada e milhares de pessoas saindo às ruas de Nova Déli diariamente, o primeiro-ministro, Manmohan Singh, pressiona os partidos a entrarem em um acordo para aprovar lei que combata a corrupção na Índia. O premiê convocou uma reunião parlamentar para tentar acabar com o impasse.

Manish Swarup/Associated Press
Ativista Hazare descansa durante greve de fome que já dura mais de uma semana por medidas anticorrupção
Ativista Hazare descansa durante greve de fome que já dura mais de uma semana por medidas anticorrupção

Singh também pediu a Hazare que aceite ser alimentado por doses intravenosas, mas o ativista vem recusando a ideia. Apoiadores de Hazare se reuniram com autoridades do governo nesta quarta-feira, mas disseram que não chegaram a nenhum acordo.

O governo levou uma proposta ao Parlamento no começo do mês, mas Hazare e seus apoiadores afirmam que as medidas são muito fracas e pedem a aprovação de sua própria versão --incluindo a criação de uma agência autônoma de combate à corrupção, com poderes de fiscalizar até mesmo membros do Judiciário e o gabinete do primeiro-ministro.

A deterioração da saúde de Anna Hazare, 74, pode obrigar o governo a alimentá-lo à força, já que o suicídio é proibido no país. A ação é arriscada, já que poderia levantar ainda mais protestos ao redor da Índia. "Se alguém do governo vier para me levar à força, bloqueiem os portões. Eu não vou", alertou Hazare, que permanece deitado em um palco público.

Cerca de 2.000 pessoas acompanham o protesto do ativista, a maioria com o rosto pintado e cantando músicas patrióticas com tambores.

 

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