Aviões e automóveis puxam encomendas de bens duráveis nos EUA

Empresas americanas compraram mais aviões e automóveis no mês passado, puxando para cima o índice de bens duráveis nos Estados Unidos, um dos indicadores de investimentos no país.

Excluindo-se essas duas categorias, porém, o índice teria recuado em julho, mostrando menos investimentos nos itens industriais de maior duração, informou nesta quarta-feira o Departamento de Comércio dos EUA.

No total, as encomendas de bens duráveis subiram 4% em julho, o maior aumento desde março.

A demanda por automóveis e peças automotivas cresceu 11,5%, o melhor resultado em quase oito anos.

Já os pedidos de aviões, uma categoria muito instável, cresceu 43,4%, depois de recuar 24% em junho.

Mas excluindo-se os bens de transportes, os pedidos de bens duráveis cresceu apenas 0,7%. A maioria das categorias sofreu retração, incluindo computadores, eletrônicos, e máquinas.

EUROPA

Na zona do euro, as encomendas à indústria diminuíram inesperadamente em junho, refletindo preocupações das empresas sobre as perspectivas econômicas do bloco monetário.

O volume de novas encomendas caiu 0,7% no mês, ante expectativas de alta de 0,5%, mostraram números da agência de estatísticas Eurostat nesta quarta-feira.

O indicador da Europa inclui não só a encomenda de bens duráveis, mas a produção de toda a indústria.

No ano até junho, as encomendas aumentaram 11,1%, contra previsões de 12,1% de alta.

Os dados sugerem que as companhias reduziram as compras no meio do ano, possivelmente pelo receio de que a crise de dívida da zona do euro contagie toda a economia, restringindo o crescimento e, portanto, a demanda.

A Eurostat disse, no entanto, que os números costumam ser voláteis, com variações mensais significativas.