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Prefeitos italianos protestam em Milão contra corte de gastos
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DA ANSA, EM MILÃO
Centenas de prefeitos italianos se dirigem nesta segunda-feira para Milão para protestarem contra o corte de prefeituras previsto no pacote de austeridade aprovada recentemente pelo governo contra a crise econômica.
O premiê Silvio Berlusconi recebe hoje os ministros Umberto Bossi, da Reforma para o Federalismo e líder da Liga Norte, e Giulio Tremonti, de Economia e Finanças, em sua mansão de Arcore, próximo à cidade de Milão, para discutir detalhes do planto anticrise.
"Estamos aqui para colocar nossa voz e mostrar que a manobra ameaça os entes locais e os cidadãos", disse o prefeito de Varese, Attilio Fontana, presidente da Anci (Associação Nacional dos Municípios Italianos, na sigla em italiano) de Lombardia e membro da Liga Norte.
O prefeito de Milão, Giuliano Pisapia, que classificou o movimento dos prefeitos como um "sentimento de responsabilidade dos entes locais", defendeu que a proposta de corte dos "entes municipais deve ser completamente retirada".
Giuseppe Cacace/France Presse | ||
Prefeitos italianos se reúnem para fotografia durante protesto em Milão contra cortes do governo |
"Não é mais possível para os entes municipais aceitar mais cortes e, sobretudo, deste modo e com este método", colocou, criticando que o governo não tenha consultado as prefeituras ou não ter levado em consideração as indicações dadas de propostas alternativas feitas pelas prefeituras.
O prefeito de Reggio Emilia, Graziano Delrio, disse que as autoridades municipais não se reuniram em Milão "para protestar", mas para "fazer propostas para fazer crescer o país e reduzir o débito". Segundo ele, as prefeituras já cortaram despesas, enquanto as da administração central apenas aumentaram. "É preciso inverter o caminho".
O presidente da Anci, o deputado Osvaldo Napoli, disse estar "otimista" sobre uma possível mudança de postura no corte de prefeituras após o encontro entre Berlusconi e Bossi.
Em 12 de agosto, o Conselho de Ministros italiano aprovou um pacote de 45,5 bilhões de euros de cortes e redução de gastos para ser aplicado até 2013 para acabar com o déficit italiano, que hoje representa 120% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
Dentre as medidas para cumprir com essa meta, o governo central pretende extinguir de 1.500 a 2.000 prefeituras e cerca de 30 governos provinciais no país.
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