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29/08/2011 - 08h57

Prefeitos italianos protestam em Milão contra corte de gastos

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DA ANSA, EM MILÃO

Centenas de prefeitos italianos se dirigem nesta segunda-feira para Milão para protestarem contra o corte de prefeituras previsto no pacote de austeridade aprovada recentemente pelo governo contra a crise econômica.

O premiê Silvio Berlusconi recebe hoje os ministros Umberto Bossi, da Reforma para o Federalismo e líder da Liga Norte, e Giulio Tremonti, de Economia e Finanças, em sua mansão de Arcore, próximo à cidade de Milão, para discutir detalhes do planto anticrise.

"Estamos aqui para colocar nossa voz e mostrar que a manobra ameaça os entes locais e os cidadãos", disse o prefeito de Varese, Attilio Fontana, presidente da Anci (Associação Nacional dos Municípios Italianos, na sigla em italiano) de Lombardia e membro da Liga Norte.

O prefeito de Milão, Giuliano Pisapia, que classificou o movimento dos prefeitos como um "sentimento de responsabilidade dos entes locais", defendeu que a proposta de corte dos "entes municipais deve ser completamente retirada".

Giuseppe Cacace/France Presse
Prefeitos italianos se reúnem para fotografia durante protesto em Milão contra cortes do governo
Prefeitos italianos se reúnem para fotografia durante protesto em Milão contra cortes do governo

"Não é mais possível para os entes municipais aceitar mais cortes e, sobretudo, deste modo e com este método", colocou, criticando que o governo não tenha consultado as prefeituras ou não ter levado em consideração as indicações dadas de propostas alternativas feitas pelas prefeituras.

O prefeito de Reggio Emilia, Graziano Delrio, disse que as autoridades municipais não se reuniram em Milão "para protestar", mas para "fazer propostas para fazer crescer o país e reduzir o débito". Segundo ele, as prefeituras já cortaram despesas, enquanto as da administração central apenas aumentaram. "É preciso inverter o caminho".

O presidente da Anci, o deputado Osvaldo Napoli, disse estar "otimista" sobre uma possível mudança de postura no corte de prefeituras após o encontro entre Berlusconi e Bossi.

Em 12 de agosto, o Conselho de Ministros italiano aprovou um pacote de 45,5 bilhões de euros de cortes e redução de gastos para ser aplicado até 2013 para acabar com o déficit italiano, que hoje representa 120% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.

Dentre as medidas para cumprir com essa meta, o governo central pretende extinguir de 1.500 a 2.000 prefeituras e cerca de 30 governos provinciais no país.

 

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