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Ex-vice-presidente Dick Cheney critica aliados em autobiografia
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LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON
As revelações são poucas, as alfinetadas são muitas e o arrependimento, nenhum. Ainda assim, a autobiografia do ex-vice-presidente Dick Cheney provocou convulsões políticas entre correligionários e opositores antes de chegar às livrarias, nesta terça-feira (30).
"In my time" ("na minha época"; Simon and Schuster, US$ 19,25 impresso e US$ 16,99 no Kindle, só em inglês) é parte da enxurrada de livros, filmes e programas que abordam o legado dos atentados do 11 de Setembro dez anos depois.
Trechos vazados na mídia dos EUA incluem críticas aos ex-secretários de Estado Condoleeza Rice (descrita como "chorona") e Colin Powell _que chamou de "golpe barato" a acusação de fazer em público críticas que, diz Cheney, nunca levara ao presidente George W. Bush.
A CIA principal agência de inteligência americana é responsabilizada sozinha pelas falhas de informação que levaram à Guerra do Iraque, em 2003. E a relação com o ex-secretário da Defesa Donald Rumsfeld, que deu a Cheney seu primeiro emprego na política, em 1968. é pintada como conturbada.
"Cheguei ao Congresso com uma bolsa de um ano para estudar o Senado e a Câmara, voltar para a Universidade de Wisconsin, completar meu doutorado e virar professor", diz Cheney.
"Mas 12 meses viraram 40 anos quando descobri que preferia lidar diretamente com política a estudá-la."
Veterano de cinco gestões republicanas, Cheney ficou conhecido como eminência parda do governo Bush e o mais poderoso dos ideólogos neoconservadores.
Alguns críticos o veem como presidente de fato e arquiteto da política antiterrorismo que regeu o país de 2001 a 2009.
Cheney nega essa versão no livro, co-escrito com a filha Liz, mas não diminui seu papel central. As revelações "surpreendentes" prometidas antes do lançamento, porém, não estão na autobiografia, segundo quem teve acesso antecipado a ela.
"In My Time" vem na esteira das autobiografias de Rumsfeld, do estrategista Karl Rove e do próprio Bush. Em se tratando de Cheney, contudo, já projetou uma discussão relevante diante da efeméride em vista:
Apesar do rechaço público, da promessa (vã) do presidente Barack Obama de que fecharia Guantánamo e da mudança retórica que extinguiu a "guerra ao terror", talvez suas ideias não estejam de todo enterradas.
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