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31/08/2011 - 19h12

Eleições levam a bate boca entre ministro e repórter na Argentina

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SYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES

O ministro do Interior argentino, Florencio Randazzo, e um jornalista do diário "La Nación", opositor ao governo, bateram boca ontem (30), em entrevista coletiva na qual foi anunciado o resultado final da votação nas eleições primárias do país, ocorridas no último dia 14 de agosto.

O placar definitivo da eleição foi ainda melhor para a presidente Cristina Kirchner do que havia sido anunciado. A candidata peronista à reeleição teve 50,24% dos votos, enquanto o segundo colocado, Ricardo Alfonsín (UCR), teve 12,20%. As eleições acontecem no dia 23 de outubro.

Randazzo fez críticas aos jornais "Clarín" e "La Nación" por terem publicado, na semana passada, denúncias da oposição e da Justiça de que havia ocorrido falhas e irregularidades na contagem dos votos das primárias.

Considerou que os dois periódicos atentaram conta a democracia e a transparência do sistema eleitoral, e que houve "omissão" e "tergiversação."

O ministro usou uma tela de computador para mostrar reportagens e artigos dos dois veículos.

Um dos jornalistas mencionados, Mariano Obarrio, do "La Nación", então perguntou: "Vamos ter que pedir permissão ao governo ou à presidenta para publicar uma denúncia da oposição no futuro? É muito grave o que você diz porque acusou os meios de atentar contra a democracia".

Randazzo respondeu que não teriam de pedir permissão a ninguém, mas sim "tratar de informar a verdade com absoluta objetividade".

Nesta quarta-feira, o ministro retomou a ofensiva, dizendo estar convencido de que os meios "condicionaram todos os governos da democracia nos últimos 30 anos". Desta vez, teve o apoio do chefe de gabinete, Aníbal Fernández, e do ministro do Trabalho, Carlos Tomada.

O governo de Cristina Kirchner está em confronto com os dois jornais, especialmente o "Clarín", desde a crise com o campo de 2008.

 

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