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Mladic não quer divisão de ata de acusação
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DA FRANCE PRESSE
O ex-chefe militar dos sérvios da Bósnia Ratko Mladic é contrário a uma divisão da ata de acusação, como deseja o promotor para levar adiante dois processos, um deles por seu papel no massacre de Srebrenica.
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"A defesa demanda respeitosamente à corte que rejeite o pedido em sua totalidade", afirma Branko Lukic, principal advogado de Mladic, em um documento com data de quarta-feira.
O pedido não está de acordo com a jurisprudência do TPII (Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia) e concordar com este significaria um prejuízo para o direito do acusado a um processo justo, destacou a defesa de Mladic, acusado de genocídios, crimes de guerra e crimes contra a humanidade durante a Guerra da Bósnia (1992-1995).
O início de um segundo processo imediatamente depois do primeiro, como deseja o promotor, não permitiria ao réu ter tempo suficiente para a preparação, destacou a defesa.
Valerie Kuypers/Efe | ||
Ex-general servo-bósnio Ratko Mladic comparece a sua segunda audiência em tribunal de guerra em Haia |
Em uma petição com data de 16 de agosto, o promotor do TPII Serge Brammertz solicitou aos juízes uma autorização para separar as acusações, alegando a necessidade de garantir justiça para as vítimas.
O primeiro processo se refere ao papel de Ratko Mladic no massacre de Srebrenica em julho de 1995, no qual mais de 8.000 homens e adolescentes muçulmanos foram mortos.
O segundo processo incluiria os outros crimes dos quais o ex-general é acusado, cometidos durante o cerco a Sarajevo e na Bósnia-Herzegovina, assim como a tomada de funcionários da ONU como reféns.
Ratko Mladic, acusado de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos durante a Guerra da Bósnia (1992-1995), foi detido em 26 de maio na Sérvia, depois de passar 16 anos foragido.
Mladic, que liderou o Exército sérvio-bósnio durante a Guerra da Bósnia, responde pelo massacre de Srebrenica (1995), em que mais de 8.000 muçulmanos foram assassinados, e o cerco de 43 meses a Sarajevo, a capital da Bósnia. Se condenado, Mladic pode receber sentença de prisão perpétua, uma vez que não existe pena de morte.
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