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04/09/2011 - 06h35

Argélia negou-se a conceder asilo a 30 oficiais de Gaddafi, diz jornal

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DA EFE
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

As autoridades argelinas se negaram esta semana a conceder asilo a 30 oficiais fiéis ao ditador líbio Muammar Gaddafi e a suas famílias e lhes impediram de atravessar a fronteira, informou neste domingo o jornal argelino "El Jabar".

Entre os oficiais estava um oficial com categoria de coronel, que o periódico apresentou como um homem próximo a Gaddafi e que aparentemente era membro do gabinete do antigo homem forte de Trípoli. No entanto, o jornal não identificou nenhum dos solicitantes de asilo.

Os oficiais chegaram na quarta-feira passada à fronteira argelina a bordo de 12 veículos 4x4 acompanhados de suas famílias e de guarda-costas.

Uma delegação do grupo de foragidos negociou sem sucesso durante quarta-feira e quinta-feira com altos responsáveis dos serviços de segurança argelina a entrada ao país e a concessão do estatuto de refugiado.

A parte argelina, a quem a delegação ofereceu uma lista das pessoas que integravam o comboio, exigiu a verificação de que os litigantes de asilo não estivessem envolvidos ou fossem procurados por ter cometido algum crime.

Finalmente, após dois dias de negociações, e sempre segundo o jornal, o comboio deixou a fronteira e entrou de novo em território líbio em direção desconhecida.

No dia 29 de julho, o governo argelino autorizou a entrada ao país da mulher de Gaddafi, Sofia, e de seus filhos Aníbal, Mohammed e Aisha.

A decisão das autoridades de Argel não foi bem recebida pelo Conselho Nacional de Transição líbio (CNT), que ao longo do conflito acusou várias vezes a Argélia de apoiar as forças de Gaddafi.

Na quinta-feira passada, meios de imprensa argelinos informaram também de que a Argélia havia rejeitado a entrada de Gaddafi em seu território e que vários altos dirigentes argelinos, incluindo o presidente Abdelaziz Bouteflika, tinham se negado a responder aos apelos do coronel foragido.

NOVO GOVERNO

Também na última quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores argelino, Mourad Medelci, disse que seu país irá reconhecer os novos líderes líbios assim que estes estabelecerem um governo com representatividade.

"O CNT (Conselho Nacional de Transição) anunciou que formará em breve um governo representativo de todas as regiões do país e,depois que o fizer, nós iremos reconhecê-los", disse Medelci em uma entrevista ao canal francês Europe 1.

A Argélia é o único país vizinho da Líbia que ainda não reconheceu o CNT, cujos rebeldes já tomaram conta da capital Trípoli e de boa parte do resto do país.

Funcionários do governo argelino se dizem preocupados com o fato de que militantes islâmicos tenham se infiltrado no CNT e que o braço norte-africano da Al Qaeda explore o caos na Líbia para adquirir armas e explosivos.

"Não se trata de um medo ou de um sentimento, é uma certeza", afirmou Medelci quando perguntado sobre as preocupações argelinas com o que islamistas podem fazer com armas e equipamentos.

 

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