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09/09/2011 - 22h55

Sobe para 448 número de feridos em ataques à Embaixada de Israel no Egito

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O número de feridos nos choques entre manifestantes e as forças de segurança nos arredores da Embaixada de Israel no Cairo aumentou para 448, segundo a agência de notícia estatal "Mena", que citou uma fonte do Ministério da Saúde do Egito.

Veja imagens dos protestos no Cairo

Anteriormente, a mesma agência havia assinalado que uma pessoa morreu por um ataque no coração e 218 ficaram feridas durante os incidentes na legação diplomática, que foi invadida por manifestantes que substituíram a bandeira de Israel pela do Egito.

Os eventos se desencadearam quando dezenas de manifestantes invadiram o edifício onde está a delegação diplomática após derrubar o muro que a protegia.

Cerca de 20 tanques do Exército foram deslocados posteriormente para proteger o edifício, enquanto a polícia lançou gás lacrimogêneo e tiros para o ar para dispersar os milhares de manifestantes reunidos na área, onde várias árvores e pneus foram queimados.

AJUDA

Após manifestantes egípcios invadirem a Embaixada de Israel no Cairo, o governo israelense pediu ajuda dos Estados Unidos para lidar com a crise e o presidente americano, Barack Obama, disse aos governo do Egito que os diplomatas e a representação do Estado hebreu devem ser protegidos.

Segundo a Casa Branca, Obama telefonou também ao primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, para manifestar sua "grande preocupação" com a situação na sede diplomática, e explicou os passos dados pelos Estados Unidos, incluindo um pedido ao Egito para que "honre suas obrigações internacionais visando salvaguardar a segurança da embaixada israelense".

"O presidente e o primeiro-ministro vão permanecer em estreito contato até que se resolva a situação", acrescentou o governo americano.

Mais cedo, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, telefonou para seu colega americano, Leon Penetta, e para o enviado especial dos EUA ao Oriente Médio, Dennis Ross, pedindo ajuda dos americanos para reforçar a proteção da embaixada israelense no Cairo.

INVASÃO

A embaixada de Israel no Cairo foi invadida na noite desta sexta-feira por manifestantes que jogaram milhares de páginas de documentos "confidenciais" pela janela.

Os egípcios também arrancaram a bandeira de Israel e a substituíram pela bandeira egípcia. Essa foi a segunda vez que a bandeira de Israel foi arrancada da embaixada.

Khaled Elfiqi/Efe
Manifestantes egípcios queimam uma bandeira de Israel em frente à Embaixada de Israel no Cairo
Manifestantes egípcios queimam uma bandeira de Israel em frente à Embaixada de Israel no Cairo

Segundo a Al Jazeera, os manifestantes vinham de um protesto para pedir reformas aos militares --que governam o país desde a queda de Hosni Mubarak-- na praça Tahir.

Um jornalista da AFP disse que ouviu "muitos tiros" no bairro.

Os disparos, cuja procedência exata não pôde ser determinada em um primeiro momento, pareciam vir das imediações de uma delegacia localizada no bairro da embaixada.

Vários documentos recolhidos pelo jornalista da AFP provêm visivelmente dos serviços diplomáticos israelenses, alguns escritos em árabe, mas que levam selos diplomáticos israelenses e se apresentam como mensagens de funcionários israelenses a seus colegas egípcios.

Mohamed Hossam/France Presse
Manifestantes egícios escalam a Embaixada de Israel no Cairo
Manifestantes egícios escalam a Embaixada de Israel no Cairo

Policiais questionados nas imediações do edifício não estavam em condições de dar informações sobre a situação dentro da sede diplomática. Um porta-voz da embaixada contatado por telefone também não fez comentários.

A polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão que se reuniu na rua em frente ao edifício. O Ministério da Saúde do Egito disse que 88 pessoas ficaram feridas devido aos confrontos na região da embaixada, de acordo com informações da Al Jazeera.

MURO

Mais cedo, cerca de 1.000 manifestantes concentraram-se diante do edifício que abriga a missão diplomática e o atacaram a marteladas e com um grande tubo metálico, sem a intervenção da polícia, que estava nas proximidades. A polícia interveio apenas quando os manifestantes conseguiram derrubar o muro.

Khaled Elfiqi/Efe
Muro de proteção da Embaixada de Israel é derrubado
Muro de proteção da Embaixada de Israel é derrubado

O muro de proteção construído recentemente pelas autoridades egípcias em frente à embaixada de Israel no Cairo foi derrubado.

Os manifestantes entoavam frases como "Erga a cabeça, você é um egípcio".

O muro, de uma altura aproximada de 2,5 metros que rodeia o edifício da embaixada, foi construído nos últimos dias depois de várias manifestações em frente à sede diplomática israelense na capital egípcia.

As relações entre os dois países passam por uma fase delicada, depois da morte de cinco policiais egípcios em um ataque do exército israelense quando perseguia supostos autores de atentados no sul de Israel, em 18 de agosto.

CONSTRUÇÃO

No início deste mês, o Egito construiu um muro em torno da embaixada de Israel no Cairo, depois de uma série de protestos por causa de atritos entre os dois países, culminando com o incidente, em agosto, no qual um manifestante escalou o edifício e retirou a bandeira israelense.

Khaled Elfiq/Efe
Funcionários egípcios trabalham na construção de muro ao redor da embaixada de Israel no Cairo
Funcionários egípcios trabalham na construção de muro ao redor da embaixada de Israel no Cairo

Com o início das obras, muitos egípcios se reuniram nos arredores para expressar seu descontentamento. "As pessoas querem que o muro caia", diz uma pichação feita no concreto liso.

As autoridades dizem que a barreira serve para proteger outros moradores do arranha-céu onde funciona a embaixada, e não a missão diplomática propriamente dita.

"A meta (...) é proteger os andares inferiores do prédio e evitar tensões entre manifestantes e residentes". disse o governador do Cairo, Ali Abdel-Rahman, ao jornal "Al Masry Youm".

 

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