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13/09/2011 - 08h17

Anistia acusa rebeldes líbios de violar direitos humanos

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os rebeldes líbios, já reconhecidos por ao menos 60 países como a nova autoridade da Líbia, violaram direitos humanos durante sua caçada ao ditador Muammar Gaddafi, denuncia a Anistia Internacional em relatório divulgado ontem pela agência Associated Press.

O documento de cem páginas, publicado após três meses de investigação, mostra que a oposição também torturou e "matou ilegalmente" mais de uma dúzia de gaddafistas e soldados entre abril e julho.

A Anistia observa, no entanto, que os crimes foram cometidos em uma escala bem menor do que a empregada pelas forças do regime.

CRIMES DE GUERRA

"Membros e apoiadores da oposição, estruturados de forma precária sob a liderança do CNT (Conselho Nacional de Transição) também cometeram abusos contra os direitos humanos, em alguns casos levando a crimes de guerra", diz o relatório.

Eles ainda teriam matado soldados capturados e supostos mercenários com tiros, enforcamento ou mesmo linchamentos. O relatório diz que os dois lados incitaram o racismo e a xenofobia, gerando uma perseguição a negros, confundidos com mercenários contratados pelo ditador.

O ministro da Justiça dos oposicionistas, Mohammed al Alagi, criticou a classificação das ações dos rebeldes como "crime de guerra". "Eles não são um exército, são pessoas comuns", disse.

O último país a reconhecer o CNT como a autoridade vigente foi a China, ontem. Pequim disse que já está em contato direto com os rebeldes.

Com o reconhecimento por parte da China, todos os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) --Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China-- reconhecem o CNT.

Dos BRICS, Brasil, Índia e África do Sul ainda não reconheceram.

Ontem, o governo do Níger confirmou aos Estados Unidos que Saadi Gaddafi, filho do ditador que foi jogador de futebol em times europeus e atualmente comandava parte das forças armadas líbias, cruzou a fronteira com o país --a informação havia sido revelada no domingo. O Níger afirma que o interceptou e "pretende prendê-lo".

Até a última semana, especulava-se que Saadi, 37, estava escondido com o pai e o irmão Saif al Islam, 38, o que alimentou os rumores de que o ditador pode também ter escolhido o país vizinho como opção de fuga.

Segundo a rede Al Arabiya, de Dubai, pelo menos 32 pessoas próximas a Gaddafi teriam passado para o Níger nos últimos dez dias.

Em uma nova mensagem escrita, Gaddafi pediu ontem que seus aliados lutem contra os traidores. O texto foi divulgado depois que forças leais ao ditador atacaram uma refinaria de petróleo em Ras Lanuf, matando 17 pessoas.

 

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